Foram 30 casos a mais em comparação com 2015, que
teve 216.
O quadro de violência em geral contra a mulher diminuiu 3% neste ano.
O quadro de violência em geral contra a mulher diminuiu 3% neste ano.
Pedro AlvesDo G1 PE
Até o dia 23, foram
246 assassinatos de mulheres, contra 216 no mesmo período de 2015 (Foto: Malu
Veiga / G1)
No Dia Internacional de Combate à Violência contra
a Mulher, a Secretaria da Mulher de Pernambuco (Secmulher-PE) divulgou que, de
janeiro ao dia 23 de novembro deste ano, foram registrados ao menos 246 casos
de assassinatos de mulheres em Pernambuco. O número, contabilizado a partir dos
dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), representa um aumento de 13,9%, se
comparado ao mesmo período de 2015. No ano passado, no mesmo período, foram
registrados ao menos 216 homicídios.
Apesar do aumento do número de homicídios desse
tipo no estado, os casos de violência contra a mulher, não necessariamente
letais, chegaram a diminuir 3%, de janeiro a outubro deste ano, com 38.968
casos contra os 40.318 registrados em 2015. O estado foi o único da região
Nordeste que conseguiu a diminuição, ainda que leve, no quadro geral de
violência contra a mulher, apesar do aumento na violência no estado.
Bianca Rocha, da diretoria Geral de Enfrentamento
da Violência de Gênero da Secretaria da Mulher de Pernambuco (Secmulher-PE),
explica que, houve um aumento no sentimento de insegurança em todo o Brasil, e,
por isso, o órgão decidiu reeditar a campanha Basta de Violência contra a
Mulher. A mobilização começa nesta sexta-feira (25), Dia Internacional de
Combate à Violência contra a Mulher, e segue até o dia 10 de dezembro, quando é
celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Campanha
A mobilização consiste na divulgação de informações sobre violência contra mulher e, especialmente, na divulgação dos equipamentos de proteção disponibilizados às vítimas desse tipo de crime, como o 190 Mulher, que por meio de cadastro prévio dá prioridade a quem sofre violência nas ocorrências da Polícia Militar (PM). O período faz parte de uma série de ações realizadas no mundo inteiro, conhecido como 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
A mobilização consiste na divulgação de informações sobre violência contra mulher e, especialmente, na divulgação dos equipamentos de proteção disponibilizados às vítimas desse tipo de crime, como o 190 Mulher, que por meio de cadastro prévio dá prioridade a quem sofre violência nas ocorrências da Polícia Militar (PM). O período faz parte de uma série de ações realizadas no mundo inteiro, conhecido como 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Na campanha, foram escolhidas mulheres que, de
fato, passaram pelo ciclo da violência e foram pelo estado. De acordo com
Bianca, a baixa não deve ser comemorada, porque diariamente mulheres sofrem
violência, mas, nos 10 anos da Lei Maria da Penha, várias ações têm sido
criadas para dar assistência. “Temos quatro casas de abrigo para mulheres
ameaçadas e 37 centros de referência no atendimento à mulher em situação de
risco, além de outros 180 organismos de políticas para mulheres”, disse.
Fechando a programação dos 16 dias de ativismo,
será realizado o Cine SecMulher-PE, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro. A ação será
promovida com reeducandas das colônias penais do Recife, de Abreu e Lima, na Região
Metropolitana e de Buíque, no Agreste.
Estrutura
Atualmente, em todo o estado, há dez Delegacias da Mulher, além de dez Varas de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher no Tribunal de Justiça de Pernambuco. “O objetivo é descentralizar as políticas voltadas ao segmento, abrangendo, também, o interior. Temos, também, o monitoramento da distância dos agressores das vítimas, via GPS. Cerca de 400 mulheres utilizam essa tecnologia no estado”, explicou Bianca.
Atualmente, em todo o estado, há dez Delegacias da Mulher, além de dez Varas de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher no Tribunal de Justiça de Pernambuco. “O objetivo é descentralizar as políticas voltadas ao segmento, abrangendo, também, o interior. Temos, também, o monitoramento da distância dos agressores das vítimas, via GPS. Cerca de 400 mulheres utilizam essa tecnologia no estado”, explicou Bianca.
No monitoramento por geolocalização, os agressores
têm que utilizar tornozeleiras eletrônicas que, ao aproximar-se das vítimas,
dispositivos GPS emitem sinais para que a vítima procure ajuda e que a polícia
contate o agressor e o adverta a se distanciar. Caso ele não obedeça, viaturas
da PM se deslocam ao local para confrontá-lo.
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