domingo, dezembro 18, 2016

LAVA-JATO: OS POLÍTICOS CITADOS NAS DELAÇÕES DA ODEBRECHT

Montagem: Everaldo Paixão


Eliseu Padilha (PMDB) - Dos 10 milhões de reais repassados pela Odebrecht a pedido de Temer, o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, cujo codinome na empreiteira era "Primo", teria recebido 4 milhões de reais

Eduardo Cunha (PMDB) - Segundo o ex-executivo Cláudio Melo Filho, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), identificado pelo codinome Caranguejo, teria recebido um milhão de reais dos 4 milhões de reais repassados a Eliseu Padilha. No total, diz o delator, Cunha recebeu 7 milhões de reais da empreiteira em dinheiro vivo


José Yunes (PMDB) - Amigo e ex-assessor de Michel Temer, José Yunes teria recebido parte do dinheiro entregue pela Odebrecht a Eliseu Padilha, de acordo com Melo Filho

Paulo Skaf (PMDB) - Os 6 milhões de reais restantes dos 10 milhões de reais pagos pela Odebrecht ao PMDB a pedido de Michel Temer teriam sido injetados na campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo, segundo o delator Cláudio Melo Filho
Lula (PT) - O empreiteiro Marcelo Odebrecht confirmou em sua delação premiada ter feito pagamentos ao ex-presidente Lula, inclusive em espécie, segundo o jornal Valor Econômico
Renan Calheiros (PMDB) - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apelidado de "Justiça" pela Odebrecht, teria recebido 2,8 milhões de reais da empreiteira, segundo Cláudio Melo Filho
Romero Jucá (PMDB) - O senador Romero Jucá (PMDB-RR), identificado pelo codinome de Caju, era o principal interlocutor do delator Cláudio Melo Filho no Senado. Segundo o ex-executivo, Jucá recebeu 19,9 milhões de reais da Odebrecht
Eunício Oliveira (PMDB) - O ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse à Lava Jato que o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), o "Índio", recebeu 2,1 milhões de reais da empreiteira
Moreira Franco (PMDB) - Moreira Franco, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, era o "Angorá" das planilhas da Odebrecht. Segundo Cláudio Melo Filho, teria pedido propina em troca do veto ao projeto de concorrentes da empreiteira para construir um novo aeroporto na Grande São Paulo
Geddel Vieira Lima (PMDB) - Ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Geddel Vieira Lima tinha o apelido de "Babel" e recebeu 5,8 milhões de reais da Odebrecht, segundo o ex-executivo Cláudio Melo Filho, de quem era vizinho em um condomínio no litoral da Bahia
Lúcio Vieira Lima (PMDB) - Irmão de Geddel Vieira Lima, Lúcio Vieira Lima tinha o apelido de "Bitelo" na Odebrecht e teria recebido dinheiro em troca da facilitação da Medida Provisória 613 na Câmara, segundo Cláudio Melo Filho
Rodrigo Maia (DEM) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cujo codinome era "Botafogo", teria recebido 100.000 reais da Odebrecht para quitar dívidas de campanha, diz o delator Cláudio Melo Filho
Jaques Wagner (PT) - Ministro da Defesa e depois da Casa Civil no governo Dilma, Jaques Wagner, identificado como "Polo" nas planilhas da Odebrecht, teria recebido dois relógios da Odebrecht, avaliados em 24.000 reais, segundo o delator Cláudio Melo Filho. A empreiteira também feria financiado a campanha do sucessor de Wagner no governo da Bahia, Rui Costa

Delcídio do Amaral (ex-PT) - Apelidado como "Ferrari" nas planilhas da Odebrecht, o ex-senador Delcídio do Amaral teria recebido 500.000 reais da empreiteira, de acordo com o delator Cláudio Melo Filho

Marco Maia (PT) - Identificado pelo codinome "Gremista" na Odebrecht, o ex-presidente da Câmara Marco Maia teria recebido 1,3 milhão de reais da empreiteira, segundo o delator Cláudio Melo Filho

Duarte Nogueira (PSDB) - Prefeito eleito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira era o "Corredor" das planilhas da Odebrecht e teria recebido 350.000 reais em doações da empreiteira em 2010

Arthur Virgílio (PSDB) - Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o "Kimono", teria recebido 300.000 reais da Odebrecht em sua campanha em 2010, segundo Cláudio Melo Filho

Jutahy Magalhães (PSDB) - "Historicamente ligado" à Odebrecht e identificado pelo codinome "Moleza", o deputado tucano Jutahy Magalhães Jr. recebeu 350.000 reais da empreiteira, de acordo com o delator Cláudio Melo Filho

Francisco Dornelles (PP) - O ex-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, era o "velhinho" no sistema de propinas da Odebrecht. O ex-lobista da empreiteira Cláudio Melo Filho atribui a Dornelles 200.000 reais em repasses da empreiteira

Ciro Nogueira (PP) - O senador piauiense Ciro Nogueira tinha três codinomes no sistema da Odebrecht, "Piqui", "Cerrado" e "Helicóptero". Segundo Cláudio Melo Filho, Nogueira recebeu 1,3 milhão de reais do setor de propinas da Odebrecht

José Carlos Aleluia (DEM) - "Missa" das planilhas da Odebrecht, o deputado do DEM recebeu 300.000 reais da empreiteira, conforme a delação de Cláudio Melo Filho

José Agripino Maia (DEM) - Após suposto pedido do senado Aécio Neves (PSDB-MG) a Marcelo Odebrecht, o senador José Agripino Maia (DEM-RN), o "Gripado", teria recebido 1 milhão de reais da empreiteira
Gim Argello (PTB) - Já condenado na Operação Lava Jato, o ex-senador Gim Argello, cujo codinome na Odebrecht era "Campari", recebeu 2,8 milhões de reais da empreiteira via setor de propinas, segundo o ex-executivo Cláudio Melo Filho
Paes Landim (PTB) - O deputado Paes Landim (PTB-PI), o "Decrépito" das planilhas da Odebrecht, teria recebido 100.000 reais da empreiteira, segundo o delator Cláudio Melo Filho

Lídice da Mata (PSB) - A senadora baiana Lídice da Mata era identificada no sistema da Odebrecht como "Feia" e recebeu, de acordo com o delator Cláudio Melo Filho, 200.000 reais da empreiteira

Heráclito Fortes (PSB) - Identificado como "Boca Mole" nas planilhas da Odebrecht, o deputado federal Heráclito Fortes recebeu 200.000 reais da empreiteira, segundo o delator Cláudio Melo Filho
Arthur Maia (PPS) - "Tuca" no sistema da Odebrecht, o deputado federal baiano Arthur Maia recebeu 250.000 reais da empreiteira, segundo o ex-executivo Cláudio Melo Filho

Antônio Brito (PSD) - O delator Cláudio Melo Filho afirma que o deputado federal Antônio Brito, apelidado como "Misericórdia", recebeu 300.000 reais da Odebrecht

Daniel Almeida (PCdoB) - Apelidado de "Comuna" no sistema da Odebrecht, o deputado federal Daniel Almeida recebeu 100.000 reais da empreiteira, diz o delator Cláudio Melo Filho

Michel Temer (PMDB) - Segundo o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em maio de 2014, durante um jantar no Palácio do Jaburu, o então vice-presidente Michel Temer pediu 10 milhões de reais ao PMDB a Marcelo Odebrecht, e foi atendido. Temer é citado na delação premiada do ex-executivo Márcio Faria, que diz ter participado de uma reunião com o presidente e Eduardo Cunha em São Paulo em 2010. O assunto do encontro teriam sido colaborações ao PMDB




Os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin participaram juntos da manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em 13 de março de 2016. Conhecido como "Santo" na delação da Odebrecht, o governador de São Paulo teria recebido R$ 2 milhões em caixa 2 para as campanhas de 2010 e 2014. Alckmin afirmou, por meio de sua assessoria, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas". "Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral", diz nota

Apelidado de "Mineirinho", o senador tucano Aécio Neves teria recebido R$ 15 milhões da Odebrecht, segundo delação do ex-executivo da construtora Cláudio Melo Filho.
Na foto, ele participa de manifestação contra a corrupção em Belo Horizonte. A assessoria do PSDB de Minas afirmou que os valores doados pela Odebrecht na campanha eleitoral de 2014 foram registrados na Justiça Eleitoral e que Aécio "desconhece supostas citações em planilhas da empresa"

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