Local tem mais de 50 funcionários, salas de pesquisa e equipamentos
modernos. Resultado de testes com produtos apreendidos deve sair nos próximos
dias.
Por
Bruno Albernaz, G1 Rio
G1 mostra processo de investigação dos alimentos recolhidos em operação
da Vigilância Sanitária do Rio
Após a
deflagração da Operação Carne Fraca, da PF, a Vigilância Sanitária do Rio
montou uma operação para fiscalizar se produtos estão sendo vendidos dentro das
condições ideais de consumo. Cerca de 10 quilos de amostras recolhidas no
último fim de semana (18 e 19) em supermercados do Rio foram levadas para o
laboratório municipal de saúde pública, localizado na Mangueira, na Zona Norte.
O resultado será divulgado nos próximos dias.
O G1 visitou as instalações do laboratório, responsável
por analisar produtos apreendidos pela Vigilância Sanitária. O laboratório
possui mais de 50 funcionários e pelo menos outras cinco diferentes salas de
pesquisa equipadas com modernos equipamentos.
Segundo a
coordenadora Roberta Ribeiro, ao todo são cinco laboratórios: de microbiologia,
responsável por analisar o nível de contaminação de micro-organismos; a sala de
microscopia, que detecta corpos estranhos nos alimentos; o laboratório de
físico-química, que cuida da deterioração e alteração na cor; o laboratório de
rotulagem, responsável por analisar o vencimento, informações técnicas do
rótulo e composições do produto; e o laboratório de resíduos e contaminantes,
responsável por pesquisa de agrotóxico, pesticidas, micotoxinas, conservantes,
ácido graxos e aminas biogenicas.
“Nós temos uma
grande estrutura. São aproximadamente 500 metros quadrados de laboratórios com
54 funcionários, contando os terceirizados. Os equipamentos são um dos mais
modernos do país. Temos um cromatógrafo líquido, entre outros equipamentos com
alta tecnologia”, explica. "O fiscal traz os produtos apreendidos e nós
fazemos a recepção dos alimentos, verificamos a temperatura do produto,
adicionamos todos os dados do termo de apreensão no sistema e depois eles são
encaminhados pra diferentes laboratórios de análises de acordo com as
necessidades", acrescenta.
Após o cadastro
das amostras no sistema, elas são encaminhadas para o processo de análise
sensorial, que verifica anormalidades nos aspectos sensoriais do produto.
“Nessa
operação, nós trabalhamos com diferentes tipos de análises laboratoriais. Nela,
a gente vai avaliar o aspecto dessa carne. É feito uma análise sensorial onde a
gente verifica a cor e odor dessa carne para saber se ela apresenta algum tipo
de alteração. Depois vamos verificar a presença de alguns aditivos e
conservantes e aí conseguimos avaliar e quantificar esses produtos", diz a
coordenadora.
Segundo Roberta
Ribeiro, a fiscalização em frigoríficos federais é competência dos fisicais
federais agropecuários. Ela destaca que a vigilância sanitária é responsável
por trabalhar coletando amostras no mercado varejista do município.
"Nós não temos competência para trabalhar
em frigoríficos federais. Isso é competência dos fiscais federais
agropecuários. A competência da vigilância sanitária é trabalhar apenas no
mercado varejista, assim como no comércio, analisando e coletando amostras para
verificar a qualidade dos produtos que estão sendo comercializados no município
do Rio de Janeiro" , conta Roberta
Resultado de análises em carne recolhida no fim de semana fica pronto em
até 7 dias (Foto: Bruno Albernaz / G1)
Fiscais da vigilância sanitária em operação na Barra da Tijuca (Foto:
Fernanda Rouvenat / G1)
Amostras de carne apreendidas em supermercados da Zona Sul e da Ilha do
Governador foram levados para laboratório na Mangueira (Foto: Bruno Albernaz /
G1)
Postar um comentário
Blog do Paixão