![]() |
Foto: Andréa Rêgo Barros/PSB |
O nome do prefeito do Recife, Geraldo
Júlio, do PSB, também aparece na fornada de petições liberadas pelo relator da
Lava Jato no STF, Edson Fachin, na esteira da Lava Jato.
Na petição de número 6706, enviada
pelo procurador Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal, em um dos trechos, o
executivo da Odebrecht Luiz Eduardo da Rocha Soares diz que Geraldo Julio teria
recebido R$ 500 mil da empresa, nas eleições de 2012.
No caso, essa petição pede
investigações sobre as campanhas de Eduardo Campos no Estado, razão pela qual o
ministro do STF enviou para a Justiça Federal do Estado para eventuais
providências. Veja a íntegra abaixo.
Na apresentação de contas oficial da
campanha de 2012, de fato, não há registros de doações da Odebrecht. Veja aqui.
A Prefeitura da Cidade do Recife foi
procurada pelo blog e enviou a seguinte nota:
“Todas as doações recebidas na
minha campanha eleitoral em 2012 obedeceram rigorosamente a legislação
eleitoral. A prestação de contas da campanha foi apresentada à Justiça Eleitoral
e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Todos os detalhes estão
disponíveis no site do TRE-PE.
Geraldo Julio,
prefeito do Recife“
De acordo com advogados ouvidos pelo
blog, trata-se do início de eventuais investigações, considerando que a Justiça
pode disparar novas petições ou abrir inquéritos. No entanto, governadores e
prefeitos contam com foro privilegiado, sendo somente investigados no STJ.
Assim, caso apareçam indícios mais fortes do que as citações um eventual
inquérito teria que subir para as instâncias superiores.
Eduardo Campos também é citado em
vídeo como tendo recebido R$ 11 milhões (VEJA REPRODUÇÃO NA ÍNTEGRA ABAIXO)
Em um vídeo gravado para a
formalização das delações, o ex-presidente da Odebrecht Infraestutura Benedito
Júnior cita o nome do ex-governador Eduardo Campos.
O vídeo foi gravado no Ministério
Público no Rio de Janeiro e Benedito Júnior cita vários outros agentes
públicos, como o prefeito de Salvador, ACM Neto e Renan Calheiros, ao explicar
o processo de consolidação das listas de ajuda aos políticos. Havia seis
executivos responsáveis por essa função.
Na mesma gravação, o delator nacional
da Odebrecht, quando se refere a lista de ajuda sob a coordenação do diretor
regional João Pacpifico, cita vários outros nomes de políticos pernambucanos,
já citados, como Jarbas Vasconcelos, Sérgio Guerra, Bruno Araujo, FBC, José
Chaves e Paulo Rubem Santiago.
O maior destaque citado é o
ex-governador Eduardo Campos, que teria recebido R$ 11 milhões, nas campanhas
de 2008, 2010 e 2012). Ele é identificado como ‘Neto’, em referência ao
ex-governador Miguel Arraes, tendo sido ajudado pelo executivo João Pacífico,
de acordo com o delator nacional.
Benedito Júnior era
o chefe de Pacífico.
Atuação nacional
O executivo da Odebrecht Luiz Eduardo
da Rocha Soares, que foi alvo da 26ª fase da Lava Jato, e que estava foragido
no exterior, foi preso, em Curitiba, em abril de 2016. Soares estava nos
Estados Unidos, segundo a PF, e foi preso assim que chegou ao Brasil, no dia 30
de março.
A 26ª fase foi batizada de Xepa e
deflagrada após a identificação de indícios de que a Odebrecht possuía um
departamento responsável por fazer pagamentos de vantagens indevidas a
servidores públicos em razão de contratos firmados pela empresa.
Segundo já noticiou a imprensa
nacional, a missão desse departamento, chamado de “Setor de Operações
Estruturadas”, era viabilizar, mediante pagamentos paralelos, atividades
ilícitas realizadas em favor da empresa, de acordo com o Ministério Público
Federal (MPF).
O setor tinha um sistema
informatizado próprio utilizado para armazenar os dados referentes ao
processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada
entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas, ainda de
acordo com o MPF.
Um outro sistema – no qual os
envolvidos usavam codinomes – permitia a comunicação secreta entre executivos,
funcionários da Odebrecht e os doleiros responsáveis por movimentar os recursos
espúrios.
As apurações apontam que ao menos 14
executivos de outros setores da Odebrecht, que demandavam os “pagamentos
paralelos”, encaminhavam aos funcionários as solicitações de pagamentos ilícitos,
de forma a centralizar nessa estrutura a contabilidade paralela e a entrega dos
valores espúrios.
Vídeo com upload do nosso canal
Postar um comentário
Blog do Paixão