Pesquisas de opinião apontam vitória do centrista contra a candidata da
extrema direita na segunda rodada da eleição, marcada para 7 de maio
Por Da redação
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Os candidatos à presidência da França, Emmanuel Macron e Marine Le Pen (Joil Saget/Eric Feferberg/AFP) |
O
centrista Emmanuel Macron e a candidata
da extrema direita Marine Le Pen seguem
para o segundo turno das eleições presidenciais da França, em uma das corridas eleitorais mais
disputadas da história recente do país.
Com 92%
dos votos dos inscritos contabilizados, Macron tem 23,72% de votos válidos
contra 21,91% de Le Pen, segundo informações do Ministério do Interior
publicadas pelo jornal Le Figaro.
O segundo
turno está marcado para o dia 7 de maio. Pesquisas de opinião apontam que
Macron, numa disputa contra Le Pen, se sairia vencedor e se tornaria o próximo
presidente francês. Qualquer um dos dois candidatos fará história:
Macron como o presidente mais jovem da França (aos 39 anos) e Le Pen como a
primeira mulher chefe de Estado no país.
Dos 11
candidatos inscritos na disputa, quatro tinham chances reais de passar ao
segundo turno. Além de Macron e de Le Pen, estavam bem cotados Jean-Luc
Mélenchon (da extrema esquerda) e François Fillon (conservador).
O resultado
representa um revés para os partidos tradicionais que se alternaram no poder
durante décadas: o socialista, do presidente em fim de mandato François
Hollande, e os conservadores, liderados por Fillon.
A
vantagem de Macron contra Le Pen no segundo turno também significa um
alívio para a União Europeia (UE). Macron, ex-ministro da Economia do
presidente Hollande, fez uma campanha com um programa abertamente europeísta e
liberal.
Já no
caso de vitória de Le Pen, a França ampliaria ainda mais as incertezas em
torno da UE, devido à defesa por parte da candidata da saída da zona do euro
–um golpe fatal a um bloco já enfraquecido pelo Brexit.
A
ultradireitista se beneficiou da mesma onda populista que impulsionou a vitória
de Donald Trump nos Estados Unidos, com um programa centrado no “patriotismo” e
na “preferência nacional”.
A
participação no primeiro turno beirou os 70%, uma das mais altas dos últimos 40
anos. As urnas
foram fechadas às 19h locais (14h de Brasília) em boa parte do país; grandes
cidades estenderam o voto até às 20h locais.
Na reta
final da campanha, o grande tema foi a segurança, já que o país foi alvo
de um novo atentado terrorista cometido na noite da quinta-feira 20, na Avenida
Champs-Elysées, no centro de Paris. Um policial morreu no ataque cometido por
um criminoso reincidente, que foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado
Islâmico.
A votação
na França ocorreu sob forte esquema de segurança. Mais de 50 mil policiais de
militares e civis estiveram nas ruas e seções eleitorais para proteger os
eleitores.
(Com
Estadão Conteúdo, EFE e AFP)
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