Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Uninassau indica que
apenas 16% dos eleitores aprovam a administração estadual
Paulo Câmara precisará reverter insatisfação dos pernambucanos com o
governo estadual se quiser se reeleger em 2018
Foto Reprodução: Internet
Roberto Pereira/Divulgação
Franco Benites / JC
O governador Paulo Câmara (PSB) ainda
não declarou oficialmente se será candidato à reeleição, em 2018, mas terá que
batalhar para reverter o índice de rejeição a sua gestão caso queira permanecer
com a chave do Palácio do Campo das Princesas. Um levantamento do Instituto de
Pesquisa Uninassau, feito em parceria com o Jornal do Commercio e o portal Leia
Já, aponta que 74% dos pernambucanos desaprovam a atual administração e que
apenas 16% estão satisfeitos com o governo. Dez por cento dos entrevistados não
responderam ou não souberam responder.
Quando a avaliação sobre o governo é
esmiuçada, os números seguem desfavoráveis a Paulo Câmara. Para 37% dos
entrevistados, a administração socialista é péssima. Já 27% consideram o
governo ruim, 23% veem como regular, 7% enxergam como boa e apenas 1% indica a
gestão como ótima. O número de eleitores que não responderam ou não souberam
responder é de 5%.
De acordo com o cientista político
Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um
dos coordenadores da pesquisa Uninassau, a avaliação do governo Paulo Câmara
está atrelada à percepção que o pernambucano tem dos serviços oferecidos pelo
Estado.
“A pesquisa mostra que Segurança
Pública, desemprego e Saúde são os principais problemas de Pernambuco. O
responsável para resolver os referidos problemas, segundo parte majoritária dos
eleitores, é o atual governador. As demandas dos eleitores e a responsabilização
que eles dão ao governador explicam a alta reprovação da atual gestão”, diz
Adriano Oliveira.
É provável que ocorra uma alteração,
ainda que mínima, nos índices de aprovação e desaprovação do governo até a
eleição de outubro do próximo ano e o governador já colocou em prática uma
estratégia para garantir que a mudança seja positiva para sua gestão. No mês
passado, ele deu início ao projeto Pernambuco em Ação, a partir do qual
percorrerá o Estado para prestar contas das ações executadas e ficar mais
próximo do eleitor.
O primeiro giro do Pernambuco em
Ação, que ocorreu de 23 a 25 de março, englobou municípios do Sertão. Em
Afogados da Ingazeira, Arcoverde e Petrolândia, Paulo Câmara e seus aliados -
prefeitos, deputados estaduais e federais e secretários de governo - fizeram um
balanço em tom positivo das realizações do governo. O intuito foi mostrar que a
gestão socialista foi atuante nesses dois anos e que se não fez mais foi por
conta da crise.
O roteiro de Paulo Câmara também
incluiu as cidades sertanejas de Buíque, Floresta e Serra Talhada e contou com
inaugurações e assinatura de ordens de serviço. A contabilidade dos socialistas
é de que o governador liberou R$ 123 milhões em obras nos três dias que passou
no Sertão.
Na última semana de março, fora do
Pernambuco em Ação, mas dentro da agenda administrativa, o governador esteve em
Caruaru, no Agreste, e em Palmares e Tamandaré, na Mata Sul, para mais uma
rodada de inaugurações de obras. Paulo Câmara já anunciou que o ritmo de
viagens vai aumentar, mas refuta que a iniciativa tenha caráter eleitoral.
“Vamos continuar a viajar pelo Estado
dentro das possibilidades de agenda. Temos que fiscalizar o que está em
andamento, conversar mais com as pessoas e mostrar o que estamos fazendo”,
declarou o governador.
METODOLOGIA
O levantamento da Uninassau foi realizado nos dias 23 e 24 de março. Houve 2.014 entrevistas com moradores de todas as regiões do Estado maiores de 16 anos. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
O levantamento da Uninassau foi realizado nos dias 23 e 24 de março. Houve 2.014 entrevistas com moradores de todas as regiões do Estado maiores de 16 anos. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Postar um comentário
Blog do Paixão