Doença é transmitida por meio de contato com água ou lama contaminadas.
Houve 81,96% de redução nas notificações no estado, nos primeiros meses deste
ano.
Por
G1 PE
Risco
de leptospirose aumenta no período chuvoso (Foto: Jonathan Lins/G1)
O mês de março
é o período em que começa a aumentar o número de registros de leptospirose em
Pernambuco. No entanto, de janeiro até sábado (1º), foi identificada uma
diminuição de 81,96% no número de notificações relacionadas à doença, em
Pernambuco. Por causa disso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) vai emitir
uma nota técnica aos municípios para alertar para a ocorrência de novos casos e
adoção de medidas de prevenção.
A doença é
transmitida a humanos pelo contato com água ou lama contaminadas pela urina de
animais portadores de leptospira, principalmente ratos. Segundo o coordenador
de Zoonoses da SES, Francisco Duarte, é possível que haja uma subnotificação
dos casos, por parte dos municípios. Ao longo de 2016, foram notificados 626
casos de leptospirose em Pernambuco, com 152 confirmações e 17 mortes.
De janeiro até
sábado, foram 44 notificações. No mesmo período do ano passado, houve 224 suspeitas
e três confirmações. De acordo com Francisco Duarte, a nota técnica é uma forma
de alertar os órgãos de saúde para a possibilidade de falha na contabilização
das ocorrências e de orientar sobre o tratamento dos casos relacionados à
leptospirose.
Evitar o
contato com lama e água suja é um dos principais cuidados a serem adotados para
evitar o contágio. No caso de contato com água contaminada, a indicação é lavar
bem a área do corpo com água limpa e sabão.
O hipoclorito
de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deve ser usado para
desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1.000
litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com
água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de
água). Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar
botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama
contaminadas.
Os sintomas da
doença podem demorar 30 dias desde o contato com a água contaminada para
aparecer. São eles: febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas
pernas, na área das panturrilhas). Também podem ocorrer vômitos, diarréia e
tosse. Nas formas graves, pode aparecer icterícia (pele olhos amarelos),
sangramento e alterações urinárias.
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