sábado, maio 20, 2017

Com a sexta maior bancada do Congresso, PSB rompe com Temer e pede renúncia


Foto: PSB / Divulgação

Com a sexta maior bancada das duas Casas do Congresso, o PSB decidiu desembarcar do governo Temer neste sábado (20). A legenda é a quarta maior em número de senadores (sete), empatado com o PP. Na Câmara, a sigla é a sétima mais representada, com 35 deputados federais.

O posicionamento foi divulgado depois de reunião da Executiva Nacional do partido que começou por volta das 10h e entrou pela tarde deste sábado (20), em Brasília.

O PSB deixa o governo após a instalação da nova crise política causada pela delação premiada de executivos da JBS, que levou à abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Entrevista com Carlos Siqueira

Políticos do partido também foram citados na delação. Segundo o executivo Ricardo Saud, Paulo Câmara e Geraldo Julio teriam tratado de propina para a campanha de Eduardo Campos à presidência em 2014. Em nota, ambos repudiaram as afirmações.
Durante entrevista, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, disse que o partido pede a renúncia de Michel Temer e eleições diretas. “Nunca fomos governo, porque desde o começo nos negamos a indicar cargos, muito embora tenha um ministro indicado por setores do partido. Primeiro, sugerimos ao presidente que, para facilitar a solução para nosso País, ele renuncie o mais rápido possível”, afirma Siqueira.

Entrega de cargos do PSB


Mais cedo o deputado Julio Delgado afirmou que a situação do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ainda será definida pela comissão executiva. Os integrantes ainda não entraram em acordo se devem escrever explicitamente na nota que o partido abandonará os cargos.


“Talvez ele seja até implicado a pedir licença do partido para continuar exercendo o cargo. Não foi resolvido, mas a posição do partido é clara. Se ele quiser ficar no navio, tocando o violino do Titanic, essa é uma opção dele”, afirmou Delgado. senador Fernando Bezerra Coelho, pai do ministro de Minas e Energia, não chegou à reunião da executiva até o momento, apesar de integrar o grupo. O senador tem mantido apoio ao presidente Michel Temer.

Em entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, Bezerra avaliou como “positivo” o pronunciamento do presidente Michel Temer e afirmou que é necessário “cautela e prudência” do PSB sobre decisão de permanência do partido na base. “Está todo mundo conversando, não temos uma posição final. Vamos ver como será a decisão amanhã”, disse.

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