Irmã do senador Aécio Neves é alvo de
operação da Polícia Federal
Por Laryssa Borges
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Andrea Neves (Tião Mourão/Hoje em Dia/Folhapress/VEJA) |
A
empresária Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-SP), foi presa na
manhã desta quinta-feira em Belo Horizonte, informou a VEJA o advogado
criminalista Alberto Toron. A prisão preventiva de Andrea
Neves foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato
no Supremo Tribunal Federal (STF).
As
suspeitas são de que Andrea teria pedido dinheiro, em nome do irmão, para o
empresário Joesley Batista, antes mesmo que o próprio senador o fizesse. Nesta
quarta-feira, o jornal O Globo revelou que, em acordo de delação
premiada, o
empresário dono da JBS gravou o tucano pedindo 2 milhões de reais sob a
justificativa de custear sua defesa na Operação Lava-Jato.
Na
gravação de Batista, Aécio teria sugerido que o dinheiro fosse entregue a um primo
seu. De acordo com O Globo, o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o
valor custearia o trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron. A conversa
teria durado 30 minutos e foi gravada em um hotel em São Paulo.
“Se for
você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua
confiança, mando alguém da minha confiança”, teria dito Joesley ao tucano. “Tem
que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um
cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no
cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, teria respondido Aécio, em uma
suposta referência a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros.
Ainda
segundo a publicação, o dinheiro foi entregue em quatro parcelas de 500.000
reais a Medeiros pelo diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud.
Uma das entregas teria sido filmada pela Polícia Federal, ocasião em que
Frederico Medeiros teria repassado o dinheiro a Mendherson Souza Lima,
secretário do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
O jornal
também informa que a PGR tem indícios de que essa parte do dinheiro não foi
destinada ao pagamento do advogado. A PF teria seguido Souza Lima, que fez três
viagens de carro a Belo Horizonte para levar a propina. Ele teria remetido os
500.000 reais à empresa Tapera Participações Empreendimentos Imobiliários, de
Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella.
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