O Plenus Colégio e Curso deu início a
um trabalho de esclarecimento com pais de alunos dos ensinos Fundamental II e
Médio sobre automutilação, bullying e suicídio. A primeira ação da
unidade consistiu em uma mesa redonda, nesta quarta-feira (10), para 130
genitores no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de
Petrolina (Facape). A iniciativa também busca orientar e prevenir casos de bullying
cibernético.
Em abril, o site Google registrou
aumento na busca pela palavra “suicídio” em mais de 100%. Naquele mês,
estreitou no país a série ‘13 Reasons Why’, produção da Netflix que retrata a
vida de uma adolescente, e os motivos que a levaram a suicidar-se. Também em
abril, a imprensa brasileira noticiou vários suicídios consumados e tentativas,
em estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Bahia. A polícia
investiga a possível relação de alguns casos com um jogo cibernético chamado Baleia
Azul.
Por conta disso, o colégio promoveu a
mesa redonda na Facape com o título ‘Entre as 13 razões e os 50 desafios’. No
evento, o perito criminal da Polícia Federal, Edson Pacheco, palestrou sobre
‘Crimes cibernéticos: o que fazer?’, e lembrou aos pais que é preciso ficar
atento a comportamentos estranhos dos filhos diante da Internet e redes
sociais. O professor de psicologia da Univasf, Marcelo Ribeiro, discutiu o tema
‘Nem 13 razões nem 50 desafios: o que está por trás do jogo?’, em que levou os
genitores a uma reflexão sobre a “espetacularização do suicídio nas mídias e na
sociedade”.
Outro convidado, o psiquiatra Gerson
Saboya falou sobre ‘Depressão e suicídio na adolescência: como
identificar?’. Em sua intervenção, Saboya disse que os adultos estão se
excluindo da vida dos jovens ao mesmo tempo em que os “enche de
responsabilidades e tensões”. “Eles precisam se sair bem no colégio, entrar para
uma boa faculdade ainda jovens, e assim, se virarem sozinhos na vida”, disse.
Segundo o coordenador do evento e
psicólogo do Plenus, Bruno de Oliveira, a escola promoveu a mesa redonda com o
objetivo de esclarecer dúvidas dos pais e mostrar maneiras de identificar
quando “há algo de errado com o aluno”. Para Oliveira, escola, pais e sociedade
devem agir juntos. “Como diz um ditado africano, é preciso uma aldeia inteira
para educar uma criança”, concluiu.
ASCOM CLASS COMUNICAÇÃO
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