*Jena
Agra
A
crise econômica que atinge o Brasil nos últimos quatro anos apresenta-se ainda
longe de um desfecho. A atual conjuntura política atrelada a problemas de
corrupção, aumento do desemprego, redução da renda familiar e a alta da
inflação tornaram as perspectivas para a retomada do crescimento em tons cinza
e cada vez mais distantes. Diante da insatisfação e desconfiança generalizadas,
uma dúvida se assenta sobre empresários e trabalhadores: Como criar janelas
para um futuro certo?
No
meio do cenário descrito e traçando resposta para a pergunta, três palavras
surgem neste esboço: Crise, PNL e Transformação. Ao fazermos uma rápida visita
ao latim, é possível entendermos melhor o significado do primeiro termo. De
origem latina, crìsis,is entende-se
por o “momento de mudança súbita”, que em sua antítese faz emergir outro
substantivo: opportunìtas,átis,
ou seja, “oportunidade, ocasião favorável”. Desse modo, conclui-se que crise e
oportunidade são dois lados de um mesmo denário.
Durante
os anos 1970, vários teóricos e pesquisadores norte-americanos buscaram
entender a mente de pessoas que se consideravam realizadas e as que não.
Como resultado, contatou-se que um dos fatores diferenciais entre os dois
grupos estava na forma como eles lidavam com a crise. Enquanto o primeiro a via
como oportunidade de mudanças e de aprender com os erros, o segundo esbarrava-se
em pensamentos fatalistas, preocupando-se pouco na procura por soluções. A essa
altura do texto, alguém pode estar se perguntando: O que tudo isso influencia
no desenvolvimento do país?
É
então que a segunda palavra toma forma. PNL (ou Programação Neurolinguística)
tornou-se uma técnica bastante procurada por pessoas que buscam sua excelência
nas ações e desempenho. Com resultados palpáveis, ela tem sido usada por
empresas ao redor do mundo como estratégia motivacional para o cumprimento de
metas em períodos de baixo ou nenhum crescimento econômico.
Num
estudo internacional recente sobre técnicas de desenvolvimento humano, os
pesquisadores concluíram que o feedback do investimento em coaching, o que
inclui ganhos econômicos com a retenção de funcionários, aumentou em 788%,
somados as melhorias significativas em produtividade, fortalecimento
organizacional e aumento de qualidade dos colaboradores, produtos e serviços.
Não nos estranha que as empresas que escolheram essa opção, estão conseguindo
se destacar positivamente num cenário de “crise”.
Outros
indicadores, dessa vez, nacionais, revelaram que a crise econômica não é
tão-somente um problema de desarranjo das contas públicas, embora também o
seja. Não é apenas uma questão de redefinição dos tributos e das responsabilidades
ante os entes federativos. Nossa crise também é, conclui a pesquisa, resultado
da desilusão dos brasileiros. Como consequência disso, geramos pessoas
desconfiadas, mal-humoradas e céticas ao ponto de não serem capazes de se
apegar a nenhum tipo de saída ou solução.
Este,
porém, pode ser o momento da transformação, nossa terceira palavra. Ao entender
que a crise é uma fase de mudanças e nela surgem as oportunidades, o brasileiro
se tornará um agente da transformação, capaz de buscar novos entendimentos,
percepções, conhecimentos, de aprender determinadas metodologias para reeducar
a mente com a finalidade de atingir seus objetivos. A transformação deve
começar na mente da nossa sociedade. Ao invés de olharmos apenas para os
problemas, procuremos identificar erros e corrigi-los, ter metas claras para
sabermos como alcançá-las e o que nos impedem de tal êxito.
Longe
do ideal de crescimento da economia em curto prazo, otimizar a produtividade é
tarefa urgente para a sobrevivência do país. As ações transformadoras,
acompanhadas da motivação, são determinantes para o crescimento e podem ser um
desafio para líderes, gestores e a população. Perceber as dificuldades e
potenciais de um país é fundamental para definição das estratégias de
desenvolvimento econômico, e, assim, criarmos as janelas de um futuro certo e
sustentável.
*Jena Agra é graduada em Administração de Empresas,
pós-graduada em Administração Hospitalar, Programadora Neurolinguística e
Coachin Integral Sistémico.
ASCOM / CLASS COMUNICAÇÃO & MARKETING
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