O nome da cantora paraibana Eliza
Clívia Angelino Maranhão (14 de novembro de 1979 – 16 de junho de 2017) ecoou
de forma trágica em escala nacional, neste fim de semana, por conta do acidente
de carro que fez Clívia sair de cena na tarde de sexta-feira, aos 37 anos.
Por Mauro Ferreira
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O
fato de que parte do Brasil somente ouviu falar no nome da artista a partir da
morte dela evidencia a autossuficiência e a autonomia do mercado nordestino do
gênero rotulado como forró eletrônico.
Nesse segmento, alimentado por circuito de shows centrado no Nordeste, é
possível uma cantora contabilizar 20 anos de carreira, como era o caso de
Eliza, sem se tornar conhecida no eixo Rio–São Paulo, tradicional catalisador
de tendências, modismos e ídolos musicais.
Eliza Clívia, cuja trajetória musical foi iniciada na cidade interiorana de
Monteiro (PB) como integrante da Big Banda, atuou por dez anos – de 2003 a 2013
– como vocalista da banda potiguar Cavaleiros do Forró, formada em 2001 pelo
empresário e produtor Alex Padang. Bandas desse gênero empresarial são
fabricadas em escala industrial no Nordeste e geram renda e hits basicamente no
circuito de shows das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Após deixar a Cavaleiros do Forró, Eliza migrou em 2013 para outra banda,
Cavalo de Aço, da qual saiu neste ano de 2017 para tentar uma carreira solo
encerrada tragica e precocemente quando o carro que transportava a cantora
avançou cruzamento em Aracaju (SE) e foi colhido por um ônibus, tirando a
cantora de cena. Foi somente então que uma parte do Brasil ouviu falar de Eliza
Clívia. Como ela, existem centenas de artistas que constroem carreiras sem que
a fama extrapole a autônoma nação nordestina.
(Crédito da imagem: Eliza Clívia em foto de divulgação)
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