Moreno tinha mais de 40 anos de carreira, grandes
furos de reportagens e um Prêmio Esso. Velório será nesta tarde no Rio.
Por
G1 Rio
O jornalista Jorge Bastos Moreno,
colunista do jornal "O Globo", morreu no início da madrugada desta
quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, aos 63 anos.
Moreno morreu à 1h, de
edema agudo de pulmão decorrente de complicações cardiovasculares,conforme
informou "O Globo". O corpo do jornalista foi velado nesta tarde no
cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.
A família
decidiu que o corpo de Moreno será sepultado nesta quinta-feira (15) em Cuiabá,
onde ele nasceu.
Um dos mais
respeitados repórteres de política do Brasil, Moreno nasceu em Cuiabá (MT) e
foi morar em Brasília na década de 1970. Há 10 anos vivia no Rio.
Moreno tinha
mais de 40 anos de carreira. Trabalhou no jornal "O Globo" por cerca
de 35 anos, onde chegou a dirigir a sucursal de Brasília. Nas redes sociais, amigos e políticos
lamentaram a morte do jornalista.
Furos de reportagens
O primeiro
grande furo de reportagem de Moreno foi no “Jornal de Brasília”: a nomeação do
general João Figueiredo como sucessor do general Ernesto Geisel (veja abaixo).
Durante o
impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992, quando a própria CPI do PC
Farias procurava uma prova cabal que ligasse o presidente aos cheques de
“fantasmas” que vinham do esquema PC, foi Moreno que revelou que um Fiat Elba
de propriedade do presidente tinha sido comprado pelo “fantasma” José Carlos
Bonfim. Uma informação que ainda não era do conhecimento nem do relator da CPI,
deputado Benito Gama, nem de seu presidente Amir Lando. A manchete de "O
Globo" selava o destino do presidente (veja capas abaixo).
Um dos furos do jornalista Jorge Bastos Moreno, sobre o sucessor de Geisel na Presidência da República, foi publicado no 'Jornal de Brasília' (Foto: Reprodução/Jornal de Brasília)
Furo do jornalista Jorge Bastos Moreno publicado no jornal 'O Globo' sobre esquema de corrupção no governo Collor (Foto: Reprodução/O Globo)
Furo do jornalista Jorge Bastos Moreno publicado no jornal 'O Globo' sobre esquema de corrupção no governo Collor (Foto: Reprodução/'O Globo')
Prêmio Esso
Moreno venceu o
Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então
presidente do Banco Central Gustavo Franco e a consequente desvalorização do
real (veja capas abaixo). O prêmio é um dos mais importantes
no jornalismo brasileiro.
No fim da
década de 1990, estreou sua coluna de sábado no jornal. Publicada até o último
sábado (10), o espaço passou há alguns anos a ter o nome do próprio Moreno. Leia aqui a última coluna do Moreno.
Desde 10 de
março, comandava o talk show "Moreno no Rádio", na CBN, às
sextas-feiras à tarde. Era também o âncora do programa "Preto no
Branco", do Canal Brasil, e fazia participações frequentes na GloboNews.
Também em
março, lançou o livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”. É autor de "A
história de Mora – a saga de Ulysses Guimarães", lançado em 2013.
Uma das reportagens de Jorge Bastos Moreno sobre a queda do então presidente do Banco Central Gustavo Franco (Foto: Reprodução/'O Globo')
Texto de Moreno sobre o chefe do BC que substituiu Gustavo Franco (Foto: Reprodução/'O Globo')
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