Ação realizada na Instituição Evangélica de Novo
Hamburgo (IENH) recebeu comentários indignados nas redes sociais. Escola pediu
desculpas e disse que não teve objetivo de discriminar profissões.
Por G1
RS
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Reprodução / Internet |
Uma ação
desenvolvida por alunos do Ensino Médio de um colégio de Novo Hamburgo, no Vale
do Sinos, causou polêmica nas redes sociais. Durante a atividade, chamada de
"se nada der certo", os estudantes que se preparam para o vestibular
se vestiram de garis, vendedores ambulantes, agricultores, entregadores de
jornal e hippies, em alusão à atividades que fariam caso seus planos não se
concretizassem. Em 2015, atividade semelhante ocorreu em uma escola de Porto
Alegre e também foi alvo de polêmica.
A ação mais
recente ocorreu neste último 17 de maio em um intervalo entre as aulas na
Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH). Os trajes usados pelos
estudantes os identificavam em outra profissão, diferente da escolhida para ser
seguida por eles.
Nas redes sociais,
uma pedagoga classificou a atividade como "deboche", já a uma
vendedora Gabriela Baccin se disse "indignada" com o que viu nas
fotos. "Segundo essa proposta, sou uma aluna que não deu certo. Pois virei
vendedora (tem meninas ali "fantasiadas" de vendedora)."
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Nota de esclarecimento do IENH divulgada no Facebook (Foto: Reprodução) |
Em nota, a IENH
pediu desculpas pelo "mal-entendido" que, segundo a instituição, não
teve o objetivo de discriminar determinadas profissões. Segundo o colégio, a
atividade integra um projeto que pretende "promover momentos de integração
e descontração entre os formandos do Ensino Médio".
"O
objetivo principal dessa atividade foi trabalhar o cenário de não aprovação no
vestibular, de forma alguma foi fazer referência ao 'não dar certo na
vida'".
Segundo a
instituição, este tipo de atividade auxilia na "sensibilização dos alunos
quanto a conscientização da importância de pensar alternativas no caso de não
sucesso no vestibular e também a lidar melhor com essa fase".
Em Porto Alegre, colégio promoveu atividade em 2015
Em 2015, alunos
do Colégio Marista Champagnat em Porto Alegre também se vestiram de vendedores,
garis e hippies durante atividade chamada igualmente de "se nada der
certo".
O G1 entrou em contato com a instituição que, em
nota, informou que fez uma reflexão com a "comunidade educativa".
"Entendemos
que a temática não era apropriada, por isso não ocorreram outros episódios em
anos seguintes", diz o texto.
"Temas
como esse, que confrontam valores e profissões, não são condizentes com a nossa
proposta pedagógica, que tem como premissa o respeito às pessoas.
Lamentavelmente, a atividade aconteceu e, por isso, pedimos nossas sinceras
desculpas", segue a nota.
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