Antônio de Pádua Cavalcanti falou sobre a expectativa para sua gestão,
após reunião de avaliação do Programa Pacto pela Vida, no Recife. Ele toma
posse sexta (30) e substitui Angelo Gioia.
Por
G1 PE
Novo
secretário de Defesa Social fala sobre prioridades ao assumir pasta
O novo
secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS) tomará posse na sexta-feira
(30) com uma missão definida. Antônio de Pádua Cavalcanti, delegado da Polícia
Federal que atuou como corregedor-geral até o anúncio da saída de Angelo Gioia,
na quarta-feira (28), afirma que vai melhorar a atuação das polícias. “Vamos
reforçar as operações qualificadas na Civil e garantir que a PM tenha condições
de combater a violência”, apontou o novo titular, nesta quinta-feira (29), após
uma reunião de avaliação do Programa Pacto Pela Vida, no Recife.
A troca de
comando na SDS ocorre em um momento em que Pernambuco registra uma média de
mais de 17 assassinatos por dia. Segundo as estatísticas oficiais, de janeiro a
maio de 2017, foram 2.495 homicídios.
Isso significa um aumento de 44,4% em relação ao mesmo período de 2016.
Entre os crimes
contra o patrimônio, os números da SDS revelam que houve 41.346 ocorrências entre
jabneiro e abril deste ano. Isso representa, em média, 344 crimes cometidos por
dia e 14 ocorrências registradas a cada hora. Entre os crimes contabilizados
nessa modalidade, estão assaltos a ônibus, casas, condomínios, empresas,
transeuntes, roubos a bancos e sequestros.
O secretário
mostrou otimismo ao falar sobre o trabalho que deverá ser realizado para
reduzir os índices de violência. “As curvas descendentes mostram o que fizemos.
Estou no grupo desde janeiro e pretendo dar continuidade ao trabalho de Gioia”,
afirmou.
Ele também
falou sobre a expectativa de atuação nos demais órgãos operativos da SDS.
"Queremos assegurar que a Polícia Científica tenha condições de fazer
laudos e perícias. Vamos garantir equipamentos para o desempenho do Corpo de
Bombeiros, essa organização que tanto nos orgulha", disse.
Ele destacou
que o trabalho desenvolvido por Angelo Gioia, desde outubro de 2016, foi
marcado pela luta para unir as polícias. “Acredito que o secretário Goia
devolveu o comando às polícias. Ele fez com que passassem a comandar as Polícia
Civil, Militar e Científica e os bombeiros quem deveria ter esses comandos”,
acrescentou.
Comando antigo
Angelo
Fernandes Gioia pediu desligamento do
cargo na quarta. De acordo com o governo do estado, ele deixou o posto alegando
questões pessoais. Disse ter pedido para ser desligado do cargo para estar com
a família e sai do posto com a "absoluta tranquilidade e satisfação do
dever cumprido", segundo nota enviada pela Secretaria de Imprensa de
Pernambuco.
No fim de 2016
e no começo deste ano, ele enfrentou um movimento por reajuste salarial dos
policiais militares que resultou em uma operação padrão. Em fevereiro de 2017,
Gioia trocou o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Albuquerque,
pelo coronel Vanildo Maranhão, além de substituir o chefe da Polícia Civil, o
delegado Antônio Barros, pelo delegado Joselito Amaral.
Protesto
Nesta quinta, o
movimento Jovem de Políticas Públicas, da Organização não-governamental
internacional Visão Mundial, promoveu um ato pela paz na
área central do Recife. A entidade levou cruzes e cartazes até a Praça da
República, onde fica o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo
estadual, para simbolizar as vítimas de assassinato em Pernambuco. Os
integrantes da entidade se deitaram no chão e usaram tinta vermelha para
lembrar o sangue das pessoas mortas.
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