Taxa de homicídio subiu 18,2% entre negros e caiu
12,2% entre habitantes não-negros, segundo estudo do Ipea.
Por
Mariana Lenharo, G1
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Foto de arquivo: parentes de rapazes assassinados em Costa Barros, no Rio de Janeiro, protestam no Parque Madureira. (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1) |
O Atlas da
Violência, pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta segunda-feira (5), destaca o
quanto os negros estão mais sujeitos à violência no Brasil. De 2005 a 2015,
enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes negros subiu 18,2%, a
mesma taxa teve queda de 12,2% entre habitantes não-negros.
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Mapa da Violência do Ipea aborda questão da violência contra negros (Foto: G1 ) |
A estimativa é
que os cidadãos negros tenham um risco 23,5% maior de sofrer assassinato em
relação a outros grupos populacionais. De cada 100 pessoas assassinadas, 71 são
negras no Brasil.
A estimativa é que os cidadãos negros tenham um risco 23,5% maior de sofrer assassinato. De cada 100 pessoas assassinadas, 71 são negras no Brasil.
Além, disso, ao
observar o grupo dos 10% da população com mais risco de serem assassinados no
Brasil, 78,9% dessas pessoas são negras.
"Não
apenas temos um triste legado histórico de discriminação pela cor da pele do
indivíduo, mas, do ponto de vista da violência letal, temos uma ferida aberta
que veio se agravando nos últimos anos", afirma o estudo.
O estado que
teve a maior alta da taxa de homicídios de negros foi o Rio Grande do Norte,
que registrou 331,8% de aumento, seguido por Sergipe, que teve 197,4% de
aumento e Ceará, com 149,7% de aumento. Já o estado que teve maior queda da
taxa de homicídios de negros foi São Paulo, onde o índice caiu 50,4%, seguido
de Rio de Janeiro, com queda de 41% e Pernambuco, com queda de 18,7%.
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Imagem mostra crianças debaixo da mesa durante tiroteio no Alemão, Rio
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