Presidente fez pronunciamento no Palácio do Planalto logo após Câmara
rejeitar denúncia da PGR por corrupção passiva. Para Temer, 'erra' quem quer
'dividir' os brasileiros.
Por
Guilherme Mazui, G1, Brasília
O presidente Michel Temer afirmou nesta
quarta-feira (2), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que a rejeição da denúncia pela
Câmara dos Deputados é uma "conquista do estado democrático".
A denúncia foi rejeitada por 263 votos a 227 (houve
duas abstenções e 19 ausências).
"Quero fazer um breve pronunciamento no dia em
que a Câmara dos Deputados, que representa o povo brasileiro, manifestou-se de
forma clara e incontestável. A decisão soberana do parlamento não é uma vitória
pessoal de quem quer que seja, mas é uma conquista do estado democrático, da
força das instituições e da própria Constituição", afirmou o presidente.
Em seguida, Temer afirmou querer construir um
Brasil "melhor, pacificado, justo, sem ódio ou rancor". Na avaliação
do presidente, "erram" aqueles que, segundo ele, querem
"dividir" os brasileiros.
"Nosso destino é ser um grande país. É preciso
acabar com os muros que nos separam", acrescentou.
Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da
República ao Supremo Tribunal Federal pelo crime de corrupção passiva, com base
nas delações de executivos da
J&F, grupo que controla a JBS.
ESPECIAL G1: Os indícios contra Temer
O STF só poderia analisar a denúncia, contudo, se a
Câmara autorizasse. Como a maioria dos deputados decidiu barrar o
prosseguimento do processo, a acusação do Ministério Público contra Temer
ficará parada na Corte até o fim do mandato de Temer, em 31 de dezembro de
2018.
Temer assistiu à votação na Câmara pela TV, no
gabinete dele no Palácio do Planalto. Conforme a agenda divulgada pela
assessoria da Presidência, Temer teve audiências durante o dia com seis
ministros, dois governadores e 21 deputados.
Em meio a essas reuniões, o presidente também se
encontrou com o advogado dele, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, o marqueteiro
Elsinho Mouco e o cientista político Murillo Aragão.
À noite, enquanto a votação na Câmara caminhava
para o encerramento, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco
(Secretaria-Geral), Henrique Meirelles (Fazenda), Torquato Jardim (Justiça),
Sergio Etchegoyen (GSI), Raul Jungmann (Defesa) e Blairo Maggi (Agricultura) se
dirigiram ao gabinete de Temer.
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