PUBLICIDADE

Type Here to Get Search Results !

cabeçalho blog 2025

QUE TIRO FOI ESSE?


“Eu via música brasileira se ouvida, ser respeitada, ser amada no mundo todo”
Por: Luiz Libano Andrade
Que tiro foi esse?
(Arnaldo Jabor)

ue tiro foi esse? Que deram nos cérebros brasileiros, roubando –lhes a capacidade sobre o que cantam e não proclamam o que cantam?

Aí que saudades me dá, do bate papo do disse-me-disse, lá no Café Nice, do Bar Araripe, do Tio Patinhas, aí que saudade me dá ...
(Milton Carlos)

Engraçado, houve uma época, não tão distante assim, em que eram lançados discos e artistas de vários seguimentos musicais: MPB, Rock, Discoteque, Sertanejo, Funk, Soul, Romântico, etc. Todos os anos, nós esperávamos o LP (Long-Play) do nosso artista preferido, o LP de Roberto Carlos com certeza era o disco mais esperado por todos. Lançamento de final de ano, tornou-se presente de natal para muitos casais apaixonados.
Tínhamos amor pelos nossos ídolos e pelas lindas músicas e a certeza que a cada ano viriam mais sons maravilhosos...
Na contracapa dos LPs vinha sempre escrito: “Disco é cultura”, e naquela época a música e seus artesãos era coisa séria, os cantores (intérpretes) e compositores, se preocupavam com o conteúdo, com a mensagem que queriam passar para as pessoas, principalmente para o público jovem. Eles estudavam música, faziam arranjos e melodias lindas, as letras eram poesias musicadas...e a partir dos anos 50, realmente a música se tornou mágica, bem mais solta, mais alegre, ganhando e levando multidões aos clubes e festivais, como o de Woodstock, com aquela geração que se voltou contra a guerra do Vietnã (a música foi importantíssima naquele momento tenso).

Foi a partir dos anos 60-70 com todo aquele movimento híppie que todos os artistas começaram a se preocupar com as letras das músicas, com Bob Dylan, Beatles...todos queriam deixar suas mensagens, para aquela e para as gerações vindouras.
No Brasil, a música também foi trilha sonora em momentos históricos, como As Diretas Já, exemplo:Coração de Estudante (Milton Nascimento); Menestrel das Alagoas (Fafá de Belém); O bêbado e o equilibrista (João Bosco e Elis Regina)...tinha também os grandes festivais da TV Record, o rock, nos anos 80 – surgiram grandes nomes: Belchior, Fagner, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Djavan, Raul Seixas, Luiz Melodia, Alceu Valença, Cazuza, Tim Maia, The Fevers, Jerry Adriani, Novos Baianos, Mutantes...

Hoje vivemos todo esse vazio cultural em quase todas as áreas, isso se reflete em todo mundo. E no Brasil isso se acentua com mais evidência! Aonde temos uma Rede Globo de Televisão, que manipula, que age fortemente no sentido de deixar as pessoas mais burras e alienadas! E tudo isso é propositalmente estudado, propositalmente forjado com governos corruptos, para deixar as massas de manobras, mais fragilizadas, menos informadas, com uma educação totalmente defasada e deformada.
Vivemos tempos difíceis de escassez no campo das artes, da política, na cultura em geral e as mídias manipulam tudo.

Os jovens de agora ouvem música apenas por divertimento, que agora mudou o nome para paredão, com mensagens chulas, fazendo apologia a depravação, a violência e a desvalorização do sexo feminino. E vemos que muitas delas de deleitam (apoiam).

Estão desumanizando o ser humano, matando todos os sentimentos bons que ainda havia, estão nos roubando a capacidade de pensar, de sonhar, de amar. Eles já roubaram de nós o prazer e o bem-estar. A segurança de um abraço sincero, um sorriso alegre, um olhar carinhoso, um papo legal em um bar...estão matando a poesia e dando lugar as coisas fúteis, que são inúteis e banais, que somente emburrece e empobrece os diálogos...

“Pior que está é bem mais fácil ficar, se não fizermos nada para mudar”

A opinião de Nara Leão (cantora)

“A canção popular pode dar as pessoas, algo mais que distração e deleite. A canção popular pode ajuda-las a compreender melhor o mundo onde vivem e a se identificarem num nível mais alto da compreensão”. (Bons tempos).

Músicas falando de amor:

“Como, se nos amamos como dois pagãos, teus seios, ainda estão nas minhas mãos, me explica com que cara eu vou sair...”
(Te amo – Chico Buarque)

“E você amada amante, faz a vida um instante, ser demais para nós dois.”
(Amada amante – Roberto Carlos)

“Foi mistério e segredo, foi muito mais, foi divino o briquedo, foi muito mais, se amar como dois animais...”
(Como dois animais – Alceu Valença)

“Dizem que a mulher é o sexo frágil, mais que mentira absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas...”
(Mulher – Erasmo Carlos)

“Você me abre seus braços, e a gente faz um país.” (Marina Lima)

Luiz Libano

Que tiro foi esse, viado?
Que tiro foi esse que tá um arraso?!
Que tiro foi esse, viado?
Que tiro foi esse que tá um arraso?!

Bem, está aí o tipo de lixo que o nosso jovem escuta, cultua, as rádios tocam, o desfile do Rio de Janeiro, apesar de lindo e maravilhoso, difundiu, e enfim, QUE LIXO É ESSE? QUE OS NOSSOS JOVENS FICAM SUSPENSO NO AR, COMO EXTASIADOS E EMBEBECIDOS POR UMA MAGIA MUSICAL MEDÍOCRE, COMERCIALIZADA pelo MERCADO FONOGRÁFICO , sendo vítima e ao mesmo tempo aliado e como uma espécie simbiótica desse tipo de “coisa musical”?

E do jeito que o barco segue naufragando culturalmente no país, as espécies de Jojo Maronttinni viraram um verdadeiro exército do nosso lixo musical.

(ADENDO DO AUTOR)

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo Admin.

Publicidade Topo

Publicidade abaixo do anúncio