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QUE ARARIPINA SONHAMOS PARA OS ARARIPINENSES?


Foto: Carlos Paixão

oderíamos nos remontar aos tempos atrasados de São Gonçalo, que éramos apenas o embrião de um município que teria que se desenvolver aos moldes de sua maior riqueza: o ouro branco. Ou buscaríamos em fotos como modelo de um processo de avanços significativos os anos 80, em que as praças floridas eram os cartões postais para belas imagens. Agora são ornamentadas com o comércio pujante dos ambulantes que poderiam não tiram todo o glamour das reais finalidades desses ambientes públicos, produzindo uma poluição visual, mas ser inseridos em um processo de desenvolvimento compartilhado com um ambiente salubre, com a necessidade de cumprir com a ordem e a organização para melhor servir a nossa população. Esses espaços públicos foram construídos no intuito de servir de lazer para as famílias que desejam um pouco mais de comodidade e distração, mas hoje o tal progresso que não tenho nada contra, nos tirou um pouco esse prazer e nossas praças parecem mais um campo de guerra, no sentido da concorrência do comércio que ali se implantou desordenadamente, e que todos precisam entender que além de gerar renda, esses pontos importantes da cidade precisam de cuidados e cobranças urgentes principalmente dos que neles labutam e devem ser responsabilizados no sentido de melhorar a qualidade e o visual do ambiente do qual eles são os responsáveis. 

Podemos sim, unir o útil ao agradável para também não brecar o movimento comercial que tanto tem ajudado as pessoas a sustentar suas famílias. Seria um crime, atitudes impensadas, mas podemos com uma boa gestão criar meios de patrocinar e fomentar as cadeias que movimentam a cidade, atrelando a ela um projeto urbano que beneficiem a todos. Ficar sentado aqui opinando também é muito fácil, isso não é só papel gerencial do município, mais tem que ser algo prazeroso para toda população e teremos que atender um chamado para um futuro agregador. 

A nossa Majestosa Igreja Matriz, que passou por uma reforma que a tornou mais bela ainda, que era cercada por coloridas rosas, violetas e outras belezas da espécie, complementavam a magnitude desse nosso histórico monumento. Hoje vive cercada de bancas que exalam o odor de óleo saturado, de lixo descartado ao seu redor, e tantos outros que provocam a poluição ambiental. 

São os frutos do progresso meus caros. Progresso expandido, mas sem entender que cultura, ambiente e outros benefícios podem harmoniosamente progredir na mesma proporção, inclusive a educação da população para se atentar aos problemas tão salutares para a nossa convivência em sociedade. 

E do que mais poderíamos sentir saudade. Das canções em que quando ouvíamos lembrávamos-nos da namorada, das cartas escritas com linhas mal traçadas, da paquera? Aí eu me pergunto? Como um jovem moderno pode se apaixonar se tudo é tão efêmero, se não existe mais canções com melodia e letras que possam tocar o coração? 

A barulhenta música eletrônica, sem rima, sem letra e vulgarizada em versos distorcidos e cheio de duplo sentido serve de alucinógeno para os jovens, e muitos dizem ser uma indução ao libido para o amor moderno. Isso é puro sadomasoquismo barato. 

Eu sinto muita saudade da outrora Araripina, das tertúlias dos finais de semanas, Cê Que Sabe, Cacto’s Bar, o velho e sempre Bar Colegial, os shows de calouros no Cine Capri, os desfiles esplendorosos do carnaval. E a paz? Varávamos a noite sem ser incomodados com tanta violência do progresso atual. 

E o São João e o São Pedro? Naquela época comemorávamos os dois com a mesma alegria. Forró nas salas das casas, ruas enfeitadas (não com esses enfeites carnavalescos que têm transformado as roupas juninas), fogueira, bombas, tracks, chuvinhas, batizado à beira da fogueira, batata frita, muito arrasta pé e o velho som do Gonzagão: “aproveita gente, danado de bom, casamento da rosa”, eita nós. 

Araripina cresceu e junto com crescimento econômico, social e político, veio o desmantelo de um projeto desorganizado, que ao invés de transformar em bela, virou esse modelo horroroso de cidade maltratada pela política da incompetência que deixou de ostentar o título de a “Princesa do Sertão”. 

Somos o iceberg do Polo Gesseiro e uma cidade economicamente pujante e desenvolvimentista na Região do Araripe, mas não temos os investimentos que nos torne humanamente um município que prima pelo o seu bem maior: o seu povo. Precisamos sair da concorrência individualista e populista e pensar quem sabe no coletivismo que ajudaria a nossa Araripina a caminha com os passos largos que já deviam ter elevado a nossa Princesa do Sertão a um patamar mais glorioso. Prefeito, Governador, Deputados, invistam em suas disputas eleitorais (isso é regra), invistam em suas campanhas individuais, mas pensem em brigar e lutar pelas conquistas que o Município pode conseguir com o mesmo tom, o mesmo palanque, as mesmas vozes, quando o pensamento for o bem de nossa cidade. 

Se existe esperança para o futuro, é preciso repensar uma nova ideia, uma nova gestão, um novo compromisso, uma nova política (sem demagogias) e um engajamento de todos, ou então nunca seremos ou teremos a Araripina que tanto sonhamos... Para todos. 

Todos nós somos atores importantes para as mudanças necessárias e pontuais. 

Pensem nisso!!!

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