terça-feira, abril 24, 2018

OPERAÇÃO DA PF: PF encontra cerca de R$ 200 mil em casa do presidente do PP

Ciro Nogueira quer que os R$ 20 bilhões gerados pelos impostos arrecadados com os jogos financiem a Segurança  (Crédito: IBRAHIM CRUZ / AG. ISTOE)
Estadão Conteúdo

A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 200 mil na residência do presidente nacional do Partido Progressista (PP), o senador Ciro Nogueira. A informação sobre apreensão de valores foi confirmada pelo advogado do senador, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Nogueira teve o gabinete no Senado Federal e a residência em Teresina (PI) alvos de busca e apreensão da PF nesta terça-feira, 24.
A Procuradoria-Geral da República suspeita que o senador e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o Dudu da Fonte, tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor que tem colaborado com as investigações da Lava Jato que miram a suposta participação dos dois em uma organização criminosa. O deputado também foi alvo de busca.
De acordo com Kakay, o fato da PF ter encontrado valores na residência do senador é “facilmente justificada, pois o Senador tem em seu IR (imposto de renda) valores em moeda regularmente declarados.”
Inquérito
A operação de hoje tem relação com um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal em setembro passado, no âmbito da Lava Jato, para apurar repasses a políticos do Partido Progressista – do qual Nogueira é presidente.
Depois de um desmembramento no inquérito na semana passada, o que segue sendo investigado no inquérito é o repasse de R$ 1,6 milhão aos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Arthur Lira (PP-AL), Eduardo da Fonte (PP-PE) e ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), em 2011, por meio de um contrato fictício com a empresa KFC Hidrossemeadura, pertencente a Leonardo Meirelles e o grupo Queiroz Galvão.
Defesa
A defesa do Senador Ciro Nogueira deseja esclarecer que a busca e apreensão efetuada na residência e no gabinete do Senador, embora a defesa entenda que foi absolutamente desnecessária, ocorreu rigorosamente dentro da legalidade, em cumprimento a ordem emanada de Ministro do Supremo. Na residência não houve documento apreendido e a apreensão de montante em espécie é facilmente justificada, pois o Senador tem em seu IR valores em moeda regularmente declarados. Ademais, dentro dos cofres localizados na residência, cujas senhas foram voluntariamente fornecidas pelo casal, também tinham pertences e valores particulares de sua esposa, que é deputada federal. Os poucos documentos apreendidos no gabinete do Senador não causam nenhuma preocupação. A afirmação de que o Senador, de alguma maneira, pudesse ter feito qualquer movimento a ser equivocadamente entendido como tentativa de obstrução é, nas palavras do Senador, completamente fora da realidade. Sequer en passant o Senador praticou qualquer ato que pudesse ser interpretado como tentativa de embaraço. A defesa reitera que o Senador Ciro continua à disposição do Poder Judiciário para todo e qualquer esclarecimento, como sempre esteve.

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