Mosaico
impressionante e singular o que temos para contar de história quando Araripina em setembro completará 90 anos de emancipação política. Ainda tem muita gente desta terra, muitos personagens, para aparecer e compor parte de uma evolução que começa em setembro de 1928 e que chega a maturidade em 2018, precisando de ajustes, de filhos mais amorosos e mais cúmplices, de protagonistas que realmente descubram que das riquezas desta terra é preciso a divisão racional para todos os seus munícipes, com saúde, mais educação, mais ações sociais, mais verde, mais estrutura para atender os nossos cidadãos, mais pessoas plantando o progresso, e menos plantando discórdia. Araripina vai chegar aos 90 anos com toda lucidez de quem tem fôlego para crescer, progredir e avançar no rumo de um futuro promissor que pode fazer jus ao título de Princesa do Sertão.
raripina, 1965...07 de Setembro.
Dia 06 (dia anterior ao grande desfile de 11 de setembro) eram ensinadas as saias e colocadas embaixo de colchão para não desmanchar as pregas. Cabelos amarrados com tirinhas de Mourinho para ficarem cacheados.
06 horas da manhã já se ouvia os acordes da Banda Álvaro Campos no hasteamento da Bandeira com fogos de artifícios para dar as boas-vindas a um dia especial que se iniciava. Todos se arrumavam, pois, com sol ou chuva era para valer a pena assistir o grande desfile.
No Educandário São Gonçalo, Matilde, Ceci Farias (dona Ceci) davam ordens para não cuspir, não sorrir...não olhar de lado. Elas tinham olhos de Águia e qualquer descuido bastava um olhar para não errar.
A Escola Normal Dom Malan mantida por uma administração católica tinha muita disciplina, e na hora do desfile o rigor e as evoluções eram perfeitos, além, de ter uma banda muito organizada para que acontecesse a sintonia.
O Ginásio São Gonçalo era uma escola pública e não pecava em suas apresentações com um longo desfile sincronizado e, se distinguia pelo grande número de alunos e beleza na rica alegoria de cada pelotão.
Todas as escolas passavam pela balaustrada, onde parecia uma arquibancada (e era) em que se assistia um grande espetáculo com os atores representados pelos alunos (ou colegiais).
- E no outro lado em frente, a quadra donde havia a Igrejinha de São Vicente destruída (na Administração de Sebastião Batista Modesto – Dosa) que deu lugar ao Banco do Brasil. Nas ruas ao redor dessa quadra visualizamos o Araripe Hotel, onde antes era a Casa de Manoel Ramos de Barros e hoje fica a Caixa Econômica e em segmento o Cine Fátima, conta Dona Maria de Lourdes.
Os Moradores da Balaustrada que podemos aqui citar eram, Dona Mocinha, mãe de Bastinho Ferreira, Osvaldo Coelho, Pedro Jacó, Manoel Rodrigues Neto, Otacílio Barreto com as respectivas famílias. Moravam também na Balaustrada os pais de Conceição (Alberto Rocha e Dona Naninha) Dona Naninha era irmã do Cônego Gonçalo ou Padre Gonçalo, como o conhecemos.
Vinha à frente daquele desfile histórico a escola Padre Luiz Gonzaga, com muitas crianças pequenas.
Nessa época, os Professores Antonieta Jacó, Raimunda Reis Alencar, Gilda Modesto, Maria do Carmo Teles Luzanira Ramos, José Farias, Irmã Iolanda, Antonieta Salatiel, Dona Silvana, Dra. Luzalva Campos...comandavam os pelotões do desfile.
As imagens (do Arquivo de Dona Maria de Lourdes) são impressionantes e mantém-se originais quando podemos identificar perfeitamente a Igrejinha de São Vicente, o Araripe Hotel, Parte intacta da balaustrada, o local onde ficava o Cine Fátima, a avenida, as pessoas que assistiam o desfile das escolas. Podemos perceber que boa parte das pessoas que assistiam aquele fato histórico para nossa Araripina, estavam quase todas de sandálias e representavam e assistiam também, uma cidade que ainda sonhava e sonha com um desenvolvimento de forma igual e social para todos.
Obrigado, Dona Maria de Lourdes, por contribuir com o nosso trabalho e, por entender que a nossa história precisa ser contada por pessoas como você.
Obrigado!!!
Obg por a partilhar dessas imagens tão importantes para aqueles q não viram a nossa Araripina de antes.
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