(MAJOR QUINCÓ)
Major Quincó, foi o Quinto, na sequencia dos Prefeitos Nomeados
Com o Golpe de 37, início da ditadura de Vargas, o Decreto n.º 19.398, de 11 de setembro de 1937, dissolveu o Congresso Nacional, as Asssembleias Legislativas dos Estados e as Câmaras ou Assembleias Municipais. Em consequência, caíram os prefeitos nomeados pelo regime anterior. Zé Bringel, prefeito de São Gonçalo, desde 1935, foi um deles. Ao afastamento foi automático. Não houve ato de exoneração. Mas, somente a 10 de dezembro de 1937, foi editado o Ato n.º 292, do Interventor Federal nomeando Joaquim Arraes, o Major Quincó assume pela segunda vez a prefeitura de São Gonçalo.
É plena de realizações essa segunda administração do Major Quincó. Com os recursos do orçamento de 1937, prorrogado para viger no ano de 1938, segundo as instruções da Secretaria do Interior, conseguiu o Major Quincó realizar, entre outras obras, as seguintes: destaque de uma verba de um conto e quinhentos mil réis, para o serviço de higiene e assistência médica,; retirada dos entulhos da torre da Igreja nova, que caíra (em fins de 1936), aproveitando os restos para nivelamento da praça da Matriz e outras ruas; adquiriu uma máquina de datilografia para a Prefeitura; procedeu o levantamento da Carta Geográfica da Cidade e da Vila Morais, sob a responsabilidade do agrimensor Bruno Peixoto; Criou duas escolas mistas, uma na cidade e outra no Morais, que foram instaladas no dia 13 de maio de 1938; delimitou as áreas urbanas da Cidade e da Vila Morais; criou o Conselho Municipal de Geografia, nomeando seus membros Pe. Luiz Gonzaga, Augusto Sílvio Barreto, Bonifácio Costa, Elvira Freire de Sá e ele próprio. Além disso, fez melhoramento nas estradas da Serra do Araripe e na que ligava São Gonçalo a Ouricuri.
O Município estava em franco progresso. As estradas foram melhoradas e tinham conservação. Os caminhões escoavam com mais rapidez e facilidade a produção do Município, a farinha, o feijão, o milho, o algodão, a mamona e chegavam à Cidade os produtos de importação. O comércio foi incrementado, com a instalação de casas de tecidos, armazéns de secos e molhados, mercearias bem sortidas e a farmácia. A feira arregimentava gente dos lugares mais distantes. A administração pública estava mais ou menos estabilizada; criaram-se mais escolas municipais, atendendo a demanda do ensino primário.
Mesmo assim, a prefeitura não era atrativo para o Major Quincó, homem sem ambições políticas. Pediu exoneração do cargo de prefeito e foi substituído por Manoel Ramos de Barros, a essa época, já casado com Maria de Lourdes, filha de Chico Cícero. Seu Né já tinha uma larga experiência na administração municipal. Exercera todos os cargos importantes da Prefeitura.
Fonte: Livro - Araripina: Histórias, Fatos & Reminiscências
De: Francisco Muniz Arraes
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