segunda-feira, outubro 15, 2018

ARARIPINA 1978: SUAS PRINCIPAIS FONTES DE RENDA


FOTO: ARQUIVO ACERVO


 agricultura foi a base da economia de Araripina desde a formação dos seus primeiros aglomerados humanos até há pouco tempo, quando a indústria passou a ocupar o primeiro plano com expressão econômica em termos de faturamento. 

A vocação de considerável parcela do povo brasileiro para as atividades agrícolas, acentua-se no nordeste e atinge seu ponto máximo na Região do Araripe. Tanto isso é verdade que apesar dos desestímulos sem conta que vão desde a oscilação do preço do produto agrícola, agravado pela interferência dos atravessadores, até a precariedade dos reservatórios d’água na zona rural, Araripina sempre se destacou como centro produtor de farinha de mandioca, abastecendo, em certas épocas, quase todo o Nordeste, chegando, há poucos anos atrás, a suprir com esse produto, o norte do país, até a exportar para Suriname, Colômbia, Venezuela, Peru e Chile. 

Na Região do Araripe o cultivo da mandioca sempre monopolizou a preferência entre as demais atividades agrícolas, adquirindo feições de monocultura durante vários anos. Para essa preferência muito contribuem as condições naturais do solo no plantio do Araripe, propício ao desenvolvimento de plantas tuberosas, onde se consegue a elevada cifra de 25.000 de mandioca por hectare, sem nenhum adubo ou corretivo, sendo esta a única faixa de terra do Nordeste, onde os mandiocais se desenvolvem normalmente, mesmo nos anos de inexpressivas precipitações pluviométricas. Por estas e outras razões entre as quais a vastidão do altiplano citado, as possibilidades desse cultivo são quase ilimitadas. 

Com índice de amido em torno de sessenta por cento e teor de umidade em quatorze por cento, aproximadamente, a aceitação da farinha de mandioca produzida na região, vem aumentando ultimamente em consequência do aprimoramento da qualidade. O fabrico da farinha tem sido melhorado constantemente com a introdução de processos mecânicos que se ainda não chegaram ao ponto ideal, têm assegurado rendimento satisfatório, trazendo vantagem outras como melhorias de caráter higiênico, conquistando, assim, a preferência do consumidor mais exigente. 

Um dos fatores positivo para economia de Araripina, é a diversificação de sua agricultura, se a oscilação de preço de farinha trouxe prejuízos consideráveis, por outro lado serviu de advertência aos agricultores que despertaram para os inconvenientes da monocultura. E a partir daí deram mais atenção ao cultivo do milho, do feijão e principalmente da mamona, alcançando este último produto, papel de grande importância para o soerguimento da economia do município. Em escala mais baixa, cultiva-se, ainda, algodão nos Distritos de Nascente, Rancharia e Lagoa do Barro e amendoim no Planalto do Araripe, com elevados índices de produtividade. 

Fiação, tecelagem, extração de óleo vegetal e calcinação de gipsita são as principais indústrias de Araripina e o setor responsável, atualmente pelo maior faturamento do município. 

O comércio araripinense sempre se destacou como ocupação de realce, com predominância dos ramos tecidos, móveis, secos e molhados, farmacêutico e eletrodoméstico. 

A pecuária ocupa lugar de destaque neste município, merecendo menção especial o esforço de alguns criadores para a melhoria do rebanho, principalmente o bovino, com preferência pela raça nelore e guzerá. 


Revista Região - 1978


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