
Empresários da construção civil e
produtores rurais de Petrolina temem uma redução de produtividade com o aumento
da burocratização no licenciamento ambiental em Pernambuco. O receio decorre de
uma nova resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) que retira
da AMMA (Agência Municipal de Meio Ambiente) a competência para licenciar
atividades agrícolas e drenagem do solo.





O setor produtivo local vê a medida
centralizadora como um travamento no controle, fiscalização e liberação das
obras e serviços com impacto ambiental na cidade. A resolução já está em vigor
há 25 dias e, na noite desta quarta-feira (21), foi tema da reunião do Conselho
Empresarial da unidade regional da Federação das Indústrias do Estado de
Pernambuco (FIEPE). Para o encontro, a entidade convidou o diretor-presidente
da AMMA, Geraldo Miranda, que também é conselheiro do Consema.
Num primeiro momento, o setor agrícola
é o que mais deve sofrer, considera o diretor regional da FIEPE, Albânio
Nascimento, que citou o Projeto Pontal, na zona rural de Petrolina, como
exemplo. “Em três, quatro anos, ele [o Pontal] já estará pronto para uso;
imagine os colonos pegarem uma área dessas e terem de ir à Recife em busca da
licença”.
O gestor se refere ao fato de, no
município com 343.865 habitantes, existirem apenas três servidores da Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH), aptos ao serviço. Na reunião, Geraldo Miranda
explicou que a Lei Complementar 140 de 2011 que regulamenta as
responsabilidades ambientais da União e entes federados, dá, também,
discricionariedade para o estado ceder ao município as atividades de
licenciamento.
“O estado pode simplesmente dizer: “o
licenciamento ambiental das atividades agrícolas com irrigação ou drenagem de
solo, por exemplo, tem impacto local devendo ficar a cargo do município”. Como
era na prática até pouquíssimo tempo”, disse.
Diante da situação, representantes da
FIEPE se disponibilizaram junto ao diretor-presidente da AMMA para participarem
de uma reunião no CPRH, em Recife, na tarde desta quinta-feira (22). “Esperamos
que o problema seja resolvido e entendemos que a Casa da Indústria não pode
ficar ausente de um tema tão caro para o setor produtivo de Petrolina”,
arrematou Albânio.
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