Por: Assessoria

Criados há quase 80 anos para auxiliar no desenvolvimento da
indústria e no fortalecimento da economia do Brasil, o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) são
considerados, pelo setor privado, como as entidades que mais contribuem para a
qualificação profissional no país. Sondagem - realizada pelo Instituto FSB
Pesquisa com 4 mil empresários de todo país - aponta que as instituições têm
imagem altamente positiva e cujas atuações têm altas taxas de aprovação no
setor privado.
Os empresários ouvidos são CEOs, presidentes,
vice-presidentes e sócios de empresas de micro, pequeno, médio e grande portes
de todo país. A pesquisa buscou avaliar a percepção sobre a qualidade do ensino
técnico no Brasil, a qualidade da educação básica técnica e profissional
oferecida por SESI e SENAI e a imagem que os empresários têm das instituições,
em comparação com outros atores do ensino técnico. Numa escala de 0 a 10, as
entidades do chamado Sistema S receberam nota 7,0 por sua contribuição à
qualificação profissional, frente aos 6,3 da rede privada e 4,9 da rede
pública.
Quando se referem aos cursos do SENAI e às ações de educação
do SESI, a opinião também é positiva. Para 83,2% dos entrevistados, os cursos
do SENAI são ótimos ou bons, enquanto 77,4% têm a mesma visão sobre as ações do
SESI. Quando perguntados sobre a imagem de SESI e de SENAI, 89,7% a consideram
positiva. A parcela que avaliou como negativa somou 2,5%. Em relação ao
trabalho realizado pelas duas instituições, 35,4% dos entrevistados consideram
como ótimo e 49,8% bom, enquanto 1% percebem a atuação das duas casas como ruim
ou péssima.


“O SESI e o SENAI têm um elevado reconhecimento da população
brasileira com relação ao indispensável trabalho que realizam na qualificação
de mão de obra de trabalhadores de vários setores, na formação de jovens de
baixa renda e em ações para o aumento da produtividade e da inovação no setor
industrial brasileiro”, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Robson Braga de Andrade. “As instituições servem ao objetivo de atender
e antecipar as diversas demandas dos diversos setores da indústria. A
qualificação permanente e atualizada da mão de obra exige sinergia e simbiose
com quem produz”.
Para o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, esse
reconhecimento da sociedade é resultado de um esforço conjunto entre as casas
do Sistema. “Ao longo dos seus 76 anos, o SENAI de Pernambuco já formou mais de
1,5 milhões de profissionais em seis modalidades que vão de educação profissional
à pós-graduação. Isso com um índice de empregabilidade de 66%. Pelo SESI,
compomos a maior rede privada de educação básica do Estado com mais de 5 mil
alunos matriculados em 2018. Todos como acesso a disciplinas como inglês e
robótica, além da grade curricular normal. Entre exames de próstata e mama,
foram cerca de 25 mil homens e mulheres atendidos no ano passado. Além da nossa
atuação com capacitações, promoção internacional e defesa de interesse
realizada pela FIEPE para os empresários e dos mais de 13 mil estágios
promovidos pelo IEL também no ano passado”, destaca.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL
- O ensino técnico no Brasil, como um todo, tem avaliação positiva, sendo
considerada ótima ou boa para 47,3% dos empresários ouvidos e regular 38,4%.
Uma ampla maioria (84,1%) aponta aspectos positivos do ensino técnico, sendo a
qualidade dos cursos (32,3%), oportunidade emprego/estágio (11,9%) e formação
dos trabalhadores (8,5%) os atributos mais citados. Em relação ao SENAI, 87%
citaram pontos positivos da instituição e indicaram, de forma espontânea, a
qualidade dos cursos (41,2%), a formação de trabalhadores (13,4%) e os cursos
(9,8%) como seus principais atributos.
O ensino técnico e profissional, aliás, é a principal
referência feita pelos empresários quando perguntados sobre o SENAI. As
citações ligadas à qualificação do trabalhador chegam a quase 60% das menções
espontâneas dos entrevistados, sendo “ensino técnico/profissionalizante” a mais
dita (30,2%), seguida de “cursos” (16,2%) e “cursos voltados para a indústria
(12%). Os cursos técnicos são, de forma destacada, as ações e atividades
desenvolvidas pelo SENAI que são as mais conhecidas dos empresários, citados
espontaneamente por 78,7% dos ouvidos.
A educação básica e outras modalidades de ensino oferecidas
pelo SESI também contam com reconhecimento dos empresários da indústria. Em
relação à opinião dos entrevistados, 60,5% citaram algum ponto positivo sobre a
instituição, sendo a qualidade dos cursos (14,5%) a formação dos trabalhadores
(9,1%) e ações de lazer e cultura (8,2%), além de trabalhos sociais realizados
(7,2%).
SERVIÇOS
– Além de serem reconhecidas como referência em educação voltada para o
mundo do trabalho, serviços prestados por SESI e SENAI de apoio à atividade
industrial também têm avaliação positiva entre os empresários industriais. As
soluções de tecnologia e inovação oferecidas pelo SENAI, por exemplo, são
consideradas como ótimas ou boas por 68,2% dos ouvidos. Os serviços de promoção
de saúde e segurança do trabalho (SST) oferecidos pelos SESI às empresas
industriais, por sua vez, são considerados ótimos ou bons por 45,9% dos
entrevistados.
GESTÃO DOS RECURSOS
– Como integrantes dos Serviços Sociais Autônomos – o chamado Sistema S –
são financiados por contribuições compulsórias recolhidas sobre as folhas de
pagamento das empresas industriais. Para os ouvidos, em relação ao modelo de
gestão de recursos, 78,3% consideram que as entidades empresariais são as que
têm maior capacidade para administrar os recursos, enquanto 11,6% avaliam que a
atribuição deve ficar com o governo e 4,3% consideram que deve ficar com ambos.
Entre eles, 84,1% concordam total ou parcialmente que a gestão privada garante
maior eficiência à utilização dos recursos utilizados na educação profissional.
A pesquisa também consultou os empresários sobre sua
percepção da relação custo-benefício da contribuição compulsória para
financiamento das atividades do SESI e do SENAI de apoio à atividade
industrial. Mais da metade (55,1%) a consideram muito boa ou boa, enquanto 19% a
percebem como regular. Apenas 9,5% dos entrevistados avaliam a relação
custo-benefício como ruim ou muito ruim. Em relação ao eventual uso dos
recursos para outras finalidades, como alocação para o ajuste fiscal ou o
financiamento da Previdência, os empresários se mostram amplamente contrários:
76,4% discordam em parte ou totalmente com propostas neste sentido.
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