Pesquisa realizada em São Paulo revelou que uma em cada dez dessas profissionais tem a doença, devido á falta de cuidado e higiene para evitar contágio.
Texto publicado em 2011, mas dicas atualizadíssimas.
Nova Cartilha de Boas Práticas para Institutos de Beleza que você pode fazer o download aqui no nosso blog (abaixo)
Um estudo inédito feito pela Secretaria da Saúde de São Paulo apontou (em 2011) que um em cada dez manicures ou pedicures tem hepatite. De acordo com a pesquisa, essas profissionais não adotam medidas de biossegurança e higiene necessárias para evitar o contágio e sequer sabem dos riscos de saúde relacionadas à atividade que exercem. A contaminação acontece por meio dos instrumentos usados pelas profissionais (alicates), que elas dividem com as clientes.
Foram avaliadas cem profissionais - metade trabalhava em shopping centers e a outra em salões de beleza localizados nas ruas da cidade de São Paulo. O trabalho de campo foi feito ao longo dos anos de 2006 e 2007, incluindo coleta de sangue e aplicação de questionário. Dez profissionais deram positivo para hepatite, das quais oito para o vírus tipo B da doença e outras para o tipo C.
A pesquisa verificou que só 26% das manicures entrevistadas faziam esterilização dos instrumentais com autoclave (desinfecção por meio do vapor da alta pressão e temperatura), métodos considerado o mais seguro, mais que nenhuma sabia utilizar o equipamento adequadamente. Outras 54% utilizavam estufa, mas a maioria não sabia o tempo e a temperatura corretas para esterilizar os materiais. Outros 8% usavam forninho de cozinha o que é totalmente inadequado, e 2% simplesmente não utilizavam nenhum método de esterilização. Somente 8% faziam a limpeza dos instrumentais antes de esterilizá-los, e de forma inadequada.
Das cem manicures entrevistadas, 72% desconheciam as formas de transmissão da hepatite B, e 85% não sabiam como se pega hepatite C. As formas de prevenção eram contra o tipo B eram desconhecidas por 93% e 95% contra o tipo C. E 45% acreditavam que não transmitiriam nenhuma doença a seus clientes.
O estudo apontou, ainda que 74% das manicures não estão imunizadas contra a hepatite B, embora a vacina esteja disponível para esta categoria profissional, gratuitamente, pelo SUS."O grande problema é que essas profissionais usam mesmo alicate para tirar a própria cutícula. Como em geral não adotam os cuidados de biossegurança, é bem provável que estejam se contaminando com a hepatite e transmitindo o vírus também às suas clientes", afirma Andréa Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, enfermeira do Instituto Emílio Ribas responsável pela pesquisa.
EVITE DOENÇA NA MANICURE
Os salões de beleza podem ser agentes transmissores de diversas doenças que se propagam pelo sangue. Saiba como evitá-las.
O que um salão deve ter?
· Kits individuais de lixas e palitos
· Germicidas e sabão para a limpeza dos materiais cortantes
· Autoclave (espécie de forno usado para esterilizar as ferramentas cortantes)
· Materiais descartáveis
Dicas
· Leve sua própria toalha
· Leve seu próprio alicate
· Leve seu próprio esmalte
· Exija que a manicure use luvas o tempo todo
Para as manicures
· Aprenda esterilizar corretamente os objetos cortantes do salão
Na estufa
· Temperatura de 170 graus por uma hora ou de 160 graus por duas horas
No autoclave
· Varia de acordo com o fabricante. A média é 135 graus por meia hora
· Peça para suas clientes trezerem os materiais que serão usados na sessão
· Vacine-se contra a hepatite B
Baixe a Cartilha de Boas Práticas de Instituto de Beleza AQUI
Fonte: Laboratório de Infectologia do Hospital das Clínicas (Folhapress)
Blog do Paixão