Número é maior que o do 1º turno, quando houve 34 infiéis. Bancadas de PSB, PDT e PROS registraram novamente as maiores taxas de infidelidade.
Por G1
Deputados reunidos no plenário da Câmara durante a discussão, em segundo turno, da reforma da Previdência — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Trinta e seis deputados contrariaram orientação do partido ou bloco partidário na votação em 2º turno do texto-base da reforma da Previdência, na madrugada desta quarta-feira (7). O número de deputados infiéis é maior do no 1º turno, quando houve 34 deputados infiéis.
O plenário da Câmara aprovou o texto-base com 370 votos favoráveis e 124 contrários. Os deputados ainda precisam analisar oito destaques da PEC, que podem suprimir trechos do texto aprovado no 1º turno, o que deve ocorrer nesta quarta.
Dos 36 infiéis no 2º turno, 33 haviam contrariado a orientação do partido também no 1º turno.
Somaram-se a esses 34 deputados Alexandre Frota (PSL-SP), que é do partido do presidente Jair Bolsonaro e se absteve apesar de a legenda ter orientado voto a favor; Bacelar (PODE-BA) e Pastor Sargento Isidoro (Avante-BA), que contrariaram suas legendas e votaram contra o texto-base da reforma da Previdência.
ESPECIAIS: Veja como votaram os deputados, em segundo turno, no texto-base da reforma da Previdência
Assim como ocorreu no 1º turno, as bancadas de PSB, PDT e PROS registraram as maiores taxas de infidelidade na votação do 2º turno. O PV foi o único partido a liberar a bancada em ambos.
Na votação em 2º turno da PEC, nesta quarta-feira, 10 dos 30 deputados do PSB votaram a favor do texto-base da reforma da Previdência. A orientação do líder do PSB, porém, era para votar contra. A taxa de infidelidade foi de 33,3%.
A indisciplina de deputados também foi maior no PDT e no PROS. Oito dos 26 deputados da bancada do PDT foram favoráveis ao texto-base, enquanto a orientação era votar contra. Isso significa, portanto, que 30,8% não seguiram a orientação.
Já o PROS teve 30% de deputados infiéis. Três dos 10 deputados da bancada não votaram de acordo com a orientação do líder.
Veja os deputados que contrariaram a orientação do partido no 2º turno
Lista de infiéis
| Deputado | Voto | Orientação do partido |
| Alex Santana (PDT-BA) | Sim | Não |
| Alexandre Frota (PSL-SP) | Abstenção | Sim |
| Aline Gurgel (PRB-AP) | Não | Sim |
| André Janones (Avante-MG) | Não | Sim |
| Átila Lira (PSB-PI) | Sim | Não |
| Bacelar (PODE-BA) | Não | Sim |
| Capitão Wagner (PROS-CE) | Não | Sim |
| Clarissa Garotinho (PROS-RJ) | Não | Sim |
| Eduardo da Fonte (PP-PE) | Não | Sim |
| Emidinho Madeira (PSB-MG) | Sim | Não |
| Expedito Netto (PSD-RO) | Não | Sim |
| Felipe Carreras (PSB-PE) | Sim | Não |
| Felipe Rigoni (PSB-ES) | Sim | Não |
| Fernando Monteiro (PP-PE) | Não | Sim |
| Flavio Nogueira (PDT-PI) | Sim | Não |
| Gil Cutrim (PDT-MA) | Sim | Não |
| Hugo Motta (PRB-PB) | Não | Sim |
| Jefferson Campos (PSB-SP) | Sim | Não |
| Jesus Sérgio (PDT-AC) | Sim | Não |
| Liziane Bayer (PSB-RS) | Sim | Não |
| Luiz Carlos Motta (PL-SP) | Não | Sim |
| Mário Negromonte Jr. (PP-BA) | Não | Sim |
| Marlon Santos (PDT-RS) | Sim | Não |
| Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) | Não | Sim |
| Paulo Pereira da Silva (SD-SP) | Não | Sim |
| Rodrigo Agostinho (PSB-SP) | Sim | Não |
| Rodrigo Coelho (PSB-SC) | Sim | Não |
| Rosana Valle (PSB-SP) | Sim | Não |
| Silvia Cristina (PDT-RO) | Sim | Não |
| Subtenente Gonzaga (PDT-MG) | Sim | Não |
| Tabata Amaral (PDT-SP) | Sim | Não |
| Ted Conti (PSB-ES) | Sim | Não |
| Tereza Nelma (PSDB-AL) | Não | Sim |
| Tiririca (PL-SP) | Não | Sim |
| Weliton Prado (PROS-MG) | Não | Sim |
| Wladimir Garotinho (PSD-RJ) | Não | Sim |
Veja o percentual de votos contrários à orientação em cada partido no 2º turno
Taxa de infidelidade
| Partido | Votos divergentes | Total de votantes | Taxa de infidelidade |
| PSB | 10 | 30 | 33,3% |
| PDT | 8 | 26 | 30,8% |
| PROS | 3 | 10 | 30,0% |
| Avante | 2 | 7 | 28,6% |
| PODE | 1 | 11 | 9,1% |
| PP | 3 | 38 | 7,9% |
| SD | 1 | 14 | 7,1% |
| PRB | 2 | 31 | 6,5% |
| PSD | 2 | 35 | 5,7% |
| PL | 2 | 37 | 5,4% |
| PSDB | 1 | 29 | 3,4% |
| PSL | 1 | 52 | 1,9% |
| Cidadania | 0 | 8 | 0% |
| DEM | 0 | 30 | 0% |
| MDB | 0 | 32 | 0% |
| Novo | 0 | 8 | 0% |
| PCdoB | 0 | 8 | 0% |
| PSC | 0 | 7 | 0% |
| PSOL | 0 | 8 | 0% |
| PT | 0 | 49 | 0% |
| PTB | 0 | 12 | 0% |
| Patriota | 0 | 5 | 0% |
PDT e PSB podem punir parlamentares em 1º turno
Após a votação em 1º turno, o PDT e o PSB abriram processos para punir os deputados que descumpriram a orientação dos líderes partidários e votaram a favor do texto-base da reforma da Previdência.
Os processos contra os deputados de PDT e PSB ainda estão em andamento e podem resultar em medidas que vão de apenas uma advertência até a expulsão do partido. O PDT ainda suspendeu as atividades partidárias dos oito deputados infiéis.
Naquela votação, o PSB orientou para a bancada do partido votar contra o texto-base da reforma da Previdência, mas 11 dos 32 deputados não seguiram a orientação do líder. O PSB teve o maior percentual de infidelidade – 34,4% da bancada não seguir a orientação.
Já o PROS tem uma bancada com 10 deputados e orientou a favor do texto-base da reforma da Previdência. Três deputados do partido, porém, votaram contra – 30% da bancada.
O PDT teve a terceira maior taxa de infidelidade na votação do primeiro turno. Dos 27 deputados da bancada, 8 – ou 29,6% – descumpriram a orientação do partido e votaram a favor do texto-base da reforma da Previdência
Veja os deputados que contrariaram a orientação do partido no 1º turno
Lista de infiéis
| Deputado | Voto | Orientação do partido |
| Alex Santana (PDT-BA) | Sim | Não |
| Aline Gurgel (PRB-AP) | Não | Sim |
| André Janones (Avante-MG) | Não | Sim |
| Átila Lira (PSB-PI) | Sim | Não |
| Capitão Wagner (PROS-CE) | Não | Sim |
| Clarissa Garotinho (PROS-RJ) | Não | Sim |
| Eduardo da Fonte (PP-PE) | Não | Sim |
| Emidinho Madeira (PSB-MG) | Sim | Não |
| Expedito Netto (PSD-RO | Não | Sim |
| Felipe Carreras (PSB-PE) | Sim | Não |
| Felipe Rigoni (PSB-ES) | Sim | Não |
| Fernando Monteiro (PP-PE) | Não | Sim |
| Flavio Nogueira (PDT-PI) | Sim | Não |
| Gil Cutrim (PDT-MA) | Sim | Não |
| Hugo Motta (PRB-PB) | Não | Sim |
| Jefferson Campos (PSB-SP) | Sim | Não |
| Jesus Sérgio (PDT-AC) | Sim | Não |
| Liziane Bayer (PSB-RS) | Sim | Não |
| Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) | Sim | Não |
| Mário Negromonte Jr. (PP-BA) | Não | Sim |
| Marlon Santos (PDT-RS) | Sim | Não |
| Paulo Pereira da Silva (SD-SP) | Não | Sim |
| Rodrigo Agostinho (PSB-SP) | Sim | Não |
| Rodrigo Coelho (PSB-SC) | Sim | Não |
| Rosana Valle (PSB-SP) | Sim | Não |
| Silvia Cristina (PDT-RO) | Sim | Não |
| Subtenente Gonzaga (PDT-MG) | Sim | Não |
| Tabata Amaral (PDT-SP) | Sim | Não |
| Ted Conti (PSB-ES) | Sim | Não |
| Tereza Nelma (PSDB-AL) | Não | Sim |
| Tiririca (PL-SP) | Não | Sim |
| Valdevan Noventa (PSC-SE) | Não | Sim |
| Weliton Prado (PROS-MG) | Não | Sim |
| Wladimir Garotinho (PSD-RJ) | Não | Sim |
Veja o percentual de votos contrários à orientação em cada partido no 2º turno
Taxa de infidelidade
| Partido | Votos divergentes | Total de votantes | Taxa de infidelidade |
| PSB | 11 | 32 | 34,4% |
| PROS | 3 | 10 | 30,0% |
| PDT | 8 | 27 | 29,6% |
| Avante | 1 | 7 | 14,3% |
| PSC | 1 | 8 | 12,5% |
| PP | 3 | 39 | 7,7% |
| SD | 1 | 14 | 7,1% |
| PRB | 2 | 31 | 6,5% |
| PSD | 2 | 36 | 5,6% |
| PSDB | 1 | 29 | 3,4% |
| PL | 1 | 38 | 2,6% |
| Cidadania | 0 | 8 | 0% |
| DEM | 0 | 30 | 0% |
| MDB | 0 | 34 | 0% |
| Novo | 0 | 8 | 0% |
| PCdoB | 0 | 8 | 0% |
| PODE | 0 | 10 | 0% |
| PSL | 0 | 52 | 0% |
| PSOL | 0 | 10 | 0% |
| PT | 0 | 54 | 0% |
| PTB | 0 | 12 | 0% |
| Patriota | 0 | 5 | 0% |
| Rede | 0 | 1 | 0% |
PROS, PODE E PSB lideram infidelidade
Um levantamento do G1, com todos os dados de votações nominais do primeiro semestre legislativo de 2019 e as respectivas orientações de líderes e blocos partidários, mostrou que os deputados de PROS, PODE e PSB são os que menos seguem orientações do partido em votações no plenário da Câmara.
Nas votações deste ano, 23,3% dos votos dos deputados do PROS foram diferentes da orientação do líder ou do bloco partidário. Em seguida, PODE e PSB registram taxas de 19,6% e 19,1%, respectivamente. Já os deputados menos infiéis às orientações do partido ou do bloco partidário são filiados a Novo, PCdoB e PSOL.



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