Reunião com representante do Governo de Intervenção em Araripina, Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual, representante da empresa FLAMAX e geradores de RSS do setor público e privado.
Um dos grandes
problemas das cidades é lidar corretamente com os Resíduos de Serviços de
Saúde, que antigamente trazia uma nomenclatura mais especifica: Lixo
Hospitalar.
Digo específico, porque
todo mundo acreditava que só os hospitais geravam esse tipo de resíduo
considerado altamente perigoso.
Em julho de 2012,
depois de entender que o processo de coleta (realizado pela Vigilância
Sanitária do Município) e muito antes de colocar o tema em discussão a partir
de 2010, o editor deste, então servidor da entidade, percebeu o grande engano
de colocar um serviço que era apenas como poder fiscalizador, virá serviço
executor, e de maneira ilegal que colocava em risco a vida do trabalhador,
porque o procedimento era feito ainda de forma rudimentar.
Reunimos-nos no Centro
Tecnológico do Araripe com representantes do Governo de Intervenção Municipal,
representada pelo Apoio Técnico da Secretaria Estadual de Saúde – Giselle Medeiros
Félix, o Coordenador da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, Edvaldo
Araújo Lima, o Coordenador da Vigilância Sanitária do Município, Joaquim Afonso
Modesto Lima, a Secretária Adjunta de Saúde, Viviane Nicéas Modesto e profissionais
da Rede Privada e Pública de Saúde. Esteve presente a reunião para apresentar
proposta aos serviços de saúde presentes a Gerente Administrativa da empresa
Flamax, atual CTI Ambiental, do Juazeiro do Norte, Vanessa Xavier, empresa do
ramo de coleta de Resíduos de Serviços de Saúde.
A reunião teve como
foco a Resolução da Anvisa RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 – substituída pela
Resolução da Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018 – Que Regulamenta as Boas
Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (veja ela aqui COMENTADA)
e a Resolução do CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005 - Que Dispõe sobre o tratamento e
a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde.
Era um passo largo que o município estava dando para
evitar que todo o “LIXO CONTAMINADO” fosse para um destino ambientalmente
incorreto (como vinha acontecendo), e muito deles que precisam de tratamento
antes de ser descartados, eram até armazenados para coleta urbana, colocando em
risco os Agentes de Limpeza Pública.
O tema e o debate sobre o assunto ainda é longo. Sabemos
que boa parte dos geradores desses resíduos resiste, queima em propriedades, ou
dar um destino incerto e perigoso, colocando em risco o solo freático, o seu
próprio ambiente. Não comunica a Vigilância Sanitária e nem a Agência de Meio
Ambiente do Município. Não segrega, não elabora o seu plano de gerenciamento
(que a Vigilância Sanitária disponibiliza os formulários de forma gratuita),
não capacita os funcionários que vão manuseá-los; não armazena de forma
correta; não se responsabiliza com as conseqüências que um destino indevido
desse tipo de resíduo pode causar.
Em tempo de pandemia em que a classificação dos resíduos gerados por entidades que lidam com pacientes acometidos por um vírus que tem ceifados muitas vidas, é altamente perigoso, os cuidados nos cumprimentos das etapas estabelecidas nas Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - geração, classificação, segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte, destinação até a disposição final, devem ser cumpridas rigorosamente.
Fotos: Arquivo Everaldo Paixão
Blog do Paixão