Projeto desenvolvido pelos
próprios alunos também oferece assistência para animais que foram resgatados.
Por Globo Rural

Alunos de veterinária atendem cavalos de carroceiros em Belo Horizonte
Estudantes de
veterinária de Minas Gerais atendem de graça cavalos de
carroceiros da região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Prefeitura, são
cerca de cinco mil animais nas ruas da capital mineira.
O projeto, que tem o
nome de Atração, surgiu há pouco mais de um ano. A ideia partiu dos próprios
estudantes, que, além de conseguirem aprender, prestam um serviço social, como
explica Bruna Rocha, uma das jovens que participa da iniciativa.
"Aqui em Belo
Horizonte, a gente vê um problema muito grande, então nós decidimos escrever um
projeto de extensão social para ajudar os animais de tração. E fizemos a
divulgação do projeto", relata.
Uma vez por mês o
estacionamento da universidade fica tomado por cavalos. Os animais passam por
triagem e exames gerais. São coletadas amostras de sangue levadas para o
laboratório.
O mutirão também faz
exames mais complexos, como exame de raio-x e ultrassom em éguas prenhas. Os
alunos cuidam de todo o atendimento com a supervisão de veterinários
profissionais.
O coordenador do
curso, Bruno Antunes, explica que o projeto é mantido pela própria instituição
de ensino, que oferece os insumos básicos. Além disso, empresas de produtos
veterinários contribuem com medicamentos.
"Todos os
resultados e a realização desse projeto é mérito dos alunos. Eles que
apresentaram essa proposta do dia do mutirão", afirma Antunes.
O carroceiro Alcyr
Santana levou o cavalo Tarzan para ser avaliado pelos estudantes. O animal está
com um problema nas patas. Após a análise, ele vai passar por uma consulta mais
detalhada.
"É um cavalo que
me ajuda. Tem uns 3 anos que está comigo e eu não vou deixar ele com essa
lesão. Eu preciso sarar ele", explica.
Além dos cavalos de
carroceiros, o projeto recebe também animais resgatados, que chegam muito
debilitados.
Foi o caso da égua
América e o filhote dela, o Maçã. Ela chegou muito magra à universidade, mas,
após um mês de tratamento, ela engordou quase 100 kg e o potro dobrou de peso.
Agora ela está pronta para voltar para casa, uma ONG que cuida de animais
abandonados.
"As pessoas
deixam (o animal na rua) como se fosse um lixo, mas é uma vida. É uma sensação
de alívio você conseguir tirar um animal da rua. É bom", afirma a
veterinária Raylla Costa.
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