Durante a operação, em um imóvel no
bairro da Floresta Velha, foram apreendidas três espingardas e munições. Duas
pessoas que estavam no imóvel prestaram depoimento.
Por
Ana Clara Marinho, G1 PE
Entre os animais encontrados mortos em Noronha,
estavam dois mocós e 22 arribaçãs — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
Agentes da Polícia Federal (PF) e fiscais do
Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) fizeram, nesta quinta-feira (26), uma
operação conjunta em Fernando de Noronha.
Armas e munições foram apreendidas, além de serem encontrados animais
silvestres mortos e galos que eram utilizados em brigas, as chamadas rinhas.
A apreensão aconteceu em uma residência no bairro
da Floresta Velha. No freezer da residência, foram encontradas mortas 22 aves, da
espécie arribaçã, e dois mocós. “Esses animais eram usados para consumo, isso é
ilegal. É proibida a caça, são animais silvestres”, diz o fiscal do ICMBio
Marcos Aurélio da Silva.
Galos foram encontrados com ferimentos típicos de
briga — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
A legislação determina multa de R$ 500 por cada
animal encontrado morto, mas o valor dobra devido ao caso ter ocorrido em uma
Área de Proteção Ambiental (APA). A fiscalização encontrou, ainda, quatro galos
que estavam com ferimentos.
Também foram apreendidos materiais como biqueiras
usadas nos galos durante as rinhas. A equipe encontrou três espingardas, uma de
calibre 22 e duas de pressão, incluindo uma delas de calibre seis, que pode ser
utilizada apenas com autorização especial.
Segundo a PF, materiais como biqueiras eram
utilizados nos galos durante as rinhas — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
“Nós encontramos patas, cascas e restos de
alimentos de caranguejos. São indicativos de que existiam esses animais
apreendidos, o que é proibido”, afirma Marcos Aurélio.
A busca foi realizada após denúncias e foi
determinada por uma ordem judicial. Duas pessoas que estavam na casa foram
levadas para a sede da Polícia Federal, na Vila do Trinta, para prestar
depoimento.
Três espingardas foram encontradas durante a
operação — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
O dono do imóvel não estava na residência no
momento da operação. Ele teria viajado para a cidade de Natal na
quarta-feira (25).
“Na esfera ambiental, o dono do imóvel vai ser
autuado por caçar animais silvestres e por maus-tratos a animais domésticos,
além de responder pelas armas encontradas”, diz o fiscal do ICMBio, Marcos
Aurélio da Silva. O delegado da PF na ilha preferiu não se pronunciar.
Imóvel onde aconteceu a operação fica no bairro da
Floresta Velha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
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