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Dona Icléia: Nossa eterna professora das “artes”




Reprodução: Facebook

Certo dia ao cumprimentar a minha querida professora a quem tratava sempre de “Dona Icléia” quando a mesma estava na calçada de sua casa ladeada pelos filhos, ela indagou-me: “Você ainda faz revista em quadrinhos?”. Respondi-lhe que o tempo, a tecnologia, e outros impedimentos, fez com que me esquecesse daqueles bons e velhos tempos de escola, em que até do papel de pão, transformávamos em arte.

A aula de Educação Artística apesar de haver um olhar enviesado de outros educadores de outras disciplinas, era a mais aguardada pelos alunos do velho científico (o ensino médio).

Era arte para tudo que olhasse na sala de aula cheia de cartolinas com todo tipo de figura imaginativa que os alunos confeccionavam e tornava o ambiente alegre, bagunçado e cheio de vida. Eu era sempre convidado pela professora para participar de tudo (teatro, apresentação de poesias, desenhos...) naquela sala de aula ainda tão segregada, porque mesmo querendo unir todos os alunos nos momentos de participação coletiva, a “turminha dos riquinhos” da época (não existiam escolas privadas) tentava separar o que “Dona Icléia” conseguia juntar com maestria.

Aquela professora “gigante” quando aparecia nos corredores do “Colégio CERU” irradiava alegria para aqueles desabastados que enfrentavam uma época tão difícil e que tomavam os seus assentos na escola pública tão concorrida. Ela conseguia unir o útil ao agradável e brilhava com suas aulas dinâmicas e criativas e deixa um legado dos tempos em que estudar “Educação Artística”, “Educação Moral e Cívica” “Organização Social e Política Brasileira” (apesar dessas ´´ultimas disciplinas não serem muito inspiradoras, pois nos negava um tempo tenebroso do país que todos conhecem, e alguns tentam camuflar ou esconder) de uma juventude daqui do Sertão de Pernambuco (alheia a tudo), que acreditava que tão distante da realidade em que vivia o país, ainda nas entranhas da ditadura, era ter civismo, ser brasileiro, patriota e acima de tudo...persistente.

A eterna professora “Dona Icléia”, a nossa, a minha professora lá dos tempos do científico, será sempre lembrada como a “Professora que nos fez gostar das artes”.



Fazer arte para mim
Era um prazer de nascença
Dominar toda pintura
Ter na arte toda ciência
Mas não tem coisa melhor
Pra na rima dar um nó
Do que um professor arretado
Que faz o aluno crescer
E só faz por merecer
Quando ele e dedicado

Dona Icleia era assim
Fazia todos fazer
E a turma do científico
Dava aquele prazer
Em meter a mão na massa
A tarde tão logo passa
Sem a gente nem perceber
O tempo era difícil
Mas naquele cientifico
Ela fez acontecer




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