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PF investiga golpe do 'consórcio da cirurgia plástica' na RMR



Vítimas pagavam parcelas e não recebiam nada de volta. (Foto: Divulgação/PF.)

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo suspeito de dar o golpe do consórcio da cirurgia plástica em mulheres em Pernambuco. O projeto era executado sem nenhuma autorização do Banco Central, órgão responsável pela fiscalização. Além disso, as vítimas pagavam as parcelas do consórcio e não recebiam nenhum benefício de volta. Na manhã dessa terça-feira (11), a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nos bairros da Iputinga e Boa Viagem, no Recife; Marcos Freire, em Jaboatão; e no município de Olinda.

A ação faz parte da Operação Sirena, que apura o caso. Foram apreendidos telefones celulares, contratos de adesão, notebooks e agendas. Esse material passará por perícia técnica. Os laudos irão subsidiar as investigações do consórcio irregular, que seguem em andamento. Quanto aos integrantes do grupo, a PF não detalhou a quantidade de envolvidos, mas eles estão sendo investigados por crimes contra o sistema financeiro nacional. Se condenados, podem pegar pena de até 18 anos de reclusão. 

De acordo com a PF, as clientes que entravam no consórcio eram distribuídas em grupos com objetivos em comum, com prazo de duração, número de cotas, forma de sorteio e regras para o uso dos valores pagos em parcelas - como prevê a Lei de Consórcio. No entanto, as mulheres não ganhavam nada, mesmo pagando e sendo sorteadas. Algo que, na visão da polícia, caracteriza-se má gestão e apropriação indevida/desvio de dinheiro. 

Uma dessas vítimas foi a auxiliar de serviços gerais Sandra Ribeiro, de 40 anos. Ela entrou no consórcio para poder retirar o excesso de pele que tem no corpo, após ter emagrecido 40 quilos. “Eu fiquei três anos e meio pagando essas parcelas. Praticamente comeram meus R$ 9 mil que investi. Paguei, fui sorteada, marquei a cirurgia e simplesmente me disseram que não iam pagar a operação”, reclama a vítima, que mora na Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife.

Sandra tentou entender os motivos, mas foi bloqueada pelas duas donas do consórcio. “Não me deram satisfação nenhuma. Hoje, quando saiu a notícia dessa operação da polícia, soube que elas ficaram debochando da gente (vítimas) no WhatsApp, dizendo que não deu em nada. Eu fiquei depressiva, estou tomando remédio controlado por causa disso”, conta.

A mulher levou o caso para a advogada Tássia Perruci, que tenta reaver o dinheiro dela e de outras 19 vítimas em Pernambuco. O perfil das clientes é variado, indo dos 25 aos 45 anos. “O grupo diz que não é um consórcio, mas ao mesmo tempo diz às mulheres que só devolverão o dinheiro quando acabar o período de pagamento. Tem gente que está com medo até de perder casamento”, pontua.

A PF recomenda que as vítimas prejudicadas busquem, individualmente, serem ressarcidas por meio de ações judiciais na área cível, contra os donos do consórcio falso.

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