
Após críticas na internet, Drauzio Varella se manifestou sobre o caso de Suzy, uma detenta trans retratada em uma reportagem no programa Fantástico, da TV Globo. De acordo com o profissional, no momento da entrevista com Suzy Oliveira, ele não perguntou qual crime ela havia cometido e afirmou que segue essa conduta para que o julgamento pessoal não 'impeça de cumprir o juramento' que fez ao se tornar médico.
Em meio à comoção, uma rede de advogados publicou em uma página da internet o suposto motivo da detenção e provocou grande polêmica. Suzy estaria presa na Penitenciária I José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo, por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Na reportagem, Drauzio mostrou o preconceito, abandono e a solidão de presas transexuais que estão alocadas em unidades prisionais masculinos e, logo, foi alvo de críticas que questionavam se ele sabia do crime quando decidiu retratar a história da detenta.
Em nota, o médico afirmou que não julga os pacientes. "Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a medicina, seja no meio consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico", afirmou.
Ainda de acordo com Drauzio, ele mantém a postura mesmo em seu trabalho na televisão. "No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem, veiculada pelo Fantástico na semana passada (1), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz", completa a nota.
Blog do Paixão