Por: Diario de Pernambuco

No estado, 1.649 profissionais de saúde foram diagnosticados com a Covid-19. (Foto: Silvio Avila/AFP )
Voltado aos profissionais da rede estadual de saúde que estão na linha de frente do atendimento aos pacientes da Covid-19, o programa Acolhe SES será implantado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). O atendimento, que acontecerá a partir desta quinta-feira (3), será para profissionais que estão passando por momentos de estresse, angústias e medo.
Uma central de teleatendimento vai atuar para profissionais da saúde e familiares dos servidores vítimas da Covid-19. A ideia é auxiliar esse público em momentos de sofrimento, conflito emocional e familiar, ansiedade e pânico, por exemplo. As chamadas, gratuitas, devem ser feitas para o número 0800-081-4100, de segunda a sábado, das 7h às 19h, exclusivamente para profissionais da SES-PE e seus familiares.
"Sabemos da demanda de pacientes que estamos recebendo e da importância de manter nossas equipes saudáveis, física e mentalmente, por isso a criação desse 0800, para auxiliar esse público nas questões psicossociais, ouvindo-os e ofertando alternativas de acordo com cada quadro", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.
A central contará com uma equipe multiprofissional formada por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, sanitaristas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, residentes em saúde mental e saúde da família e profissionais que trabalham com terapias integrativas. Ao todo, são cerca de 40 pessoas, entre os teleatendentes, equipe de retaguarda (psiquiatras e psicólogos) para atuação em casos mais graves, e supervisão técnica.
Além da escuta qualificada e apoio psicossocial, serão feitas orientações sobre a rede de serviços de saúde e disponibilizados vídeos sobre as práticas integrativas e de promoção à saúde, que ficarão hospedados no site da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE).
"Estamos vivenciando esse grave problema de saúde pública que atingiu o mundo inteiro e atuando para fazer o atendimento da população. Ampliamos o número de serviços e leitos, orientamos sobre as medidas de higiene e isolamento social, mas também precisamos ter um olhar qualificado e um canal aberto para ouvir os profissionais que estão na linha de frente da Covid-19 e seus familiares", disse Longo.
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