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Pernambuco apresenta aumento de fluxo na rede hospitalar, mas secretário descarta segunda onda

Por Folha de Pernambuco


Centro de testagem da Covid-19 - Foto: Américo Santos/SEI

No dia em que Pernambuco superou os 160 mil casos oficialmente notificados da Covid-19, o secretário de Saúde do Estado, André Longo, participou de uma reunião com representantes do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco (Sindhospe), além da Federação de Hospitais Filantrópicos. 

O encontro, no final da manhã desta terça-feira (27), foi para tratar da atual demanda de pacientes com quadros suspeitos ou confirmados da Covid-19 nos serviços pernambucanos. 

Nos últimos dias, circularam notícias de que a rede privada do Recife teria registrado aumento na demanda de internações por causa da doença provocada pelo novo coronavírus. 

Os representantes das unidades hospitalares informaram que houve um aumento do fluxo de pessoas nas emergências com sintomas gripais leves na última semana, mas disseram não haver nenhuma consolidação estatística que sugira um aumento significativo de casos ou uma tendência de segunda onda de infecções. 

"Com a reabertura das atividades econômicas e o retorno da intensa circulação de pessoas, alguns serviços da rede privada nos relataram uma maior procura de pacientes com quadros respiratórios leves na última semana, o que pode ser impacto, inclusive, da falta de cuidados da população durante o feriado do dia 12 de outubro", disse André Longo. 

O gestor lembrou que, diferente do início da pandemia, quando a indicação era de que os casos leves permanecessem em casa; agora, a população está procurando mais a rede hospitalar aos primeiros sinais sugestivos da doença. 

"No entanto, essa procura se deve pelos mais diversos quadros e não necessariamente da Covid-19, já que há uma série de outras doenças que continuam circulando e provocam sintomatologia semelhante", pontuou. 

De acordo com as análises epidemiológicas das últimas semanas, observa-se um leve aumento de 1,1% nas suspeitas de casos leves nos últimos 15 dias. Segundo ele, esse movimento não se repete nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), consideradas o termômetro da rede pública. 

"Durante o processo de convivência com a doença, flutuações podem acontecer, mas, até agora, essas oscilações estão dentro de um patamar esperado, sem configurar tendência clara de aumento, ou de recrudescimento, ou de uma segunda onda da Covid-19. Ao mesmo tempo, também temos uma queda sucessiva nos casos leves efetivamente confirmados para o novo coronavírus, o que reforça a circulação de outros vírus sazonais e a maior exposição da população a eles", destacou Longo. 

O Sindhospe também reforçou que os serviços particulares estão operando dentro da normalidade, inclusive com desmobilização de leitos para o novo coronavírus e a retomada da assistência das outras patologias que ficaram reprimidas no período mais crítico do isolamento social. 

O sindicato ratificou que, diferente do que vem circulando em mensagens nas mídias sociais, não houve superlotação dos leitos hospitalares. 

Os dados das unidades apontam que, nesta terça-feira (27), são 132 leitos de enfermaria nos serviços privados, com uma taxa de ocupação de 21%. Em relação às UTIs, são 202 vagas, estando 74% delas ocupadas. 

Na rede estadual, são 933 vagas de enfermaria para a Covid-19, com ocupação de 46%. Os leitos de UTI são 785, com ocupação de 75%. 

Em relação aos casos graves, o secretário reafirmou as quedas sucessivas nas ocorrências, assim como em relação aos óbitos. "Com isso, e após criteriosa análise epidemiológica, o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife desmobilizaram mais de 1,5 mil leitos e, mesmo assim, a média de ocupação permanece, hoje, abaixo de 60%", frisou. 

O gestor ainda disse que a rede de saúde continua com capacidade de mobilização para, se necessário, retomar leitos para assistência à Covid-19.

E, em relação às mensagens que circulam nas mídias sociais, André Longo foi enfático: "Não podemos tomar medidas por uma impressão de um dia ou de outro, ou por uma situação que aparece apenas em uma semana epidemiológica. Precisamos configurar tendência, analisar os números. A gente não deve se precipitar em nenhum tipo de medida, mas ressalto que estamos observando os cenários diariamente. Se for preciso tomar alguma medida mais rígida, nós vamos tomar, mas isso é acompanhando o cenário, os indicadores". 

Longo aproveitou, ainda, para reforçar que o comportamento da população é a única arma para evitar um novo aumento de casos. “Dependemos somente de nossas próprias atitudes. O vírus continua circulando e, para não termos mais mortes e um aumento na ocupação dos hospitais, cada um precisa fazer sua parte, usando a máscara corretamente, lavando as mãos com frequência e praticando o distanciamento social, evitando as aglomerações", finalizou.

Cresce ocupação de leitos de enfermaria e de UTI para a Covid-19 na rede pública em Pernambuco

Em 18 de outubro, taxa de ocupação de enfermarias era de 38%. Nesta terça (27), chegou a 46%. Nas UTIs, havia doentes em 65% dos leitos, na quarta (21), e em 75%, nesta terça.

Por Arline Lins e Monica Silveira, TV Globo e G1 PE


Curva de ocupação de leitos dedicados à Covid-19 volta a crescer em Pernambuco — Foto: Reprodução/TV Globo

A ocupação de leitos para pacientes com a Covid-19 teve aumento em Pernambuco. Um levantamento feito pela TV Globo mostra que há, atualmente, mais doentes em enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) públicas do que há uma semana.

Pernambuco tem, hoje, 933 leitos de enfermaria e 785 de UTI na rede pública, de acordo com o estado. Segundo análise de dados publicados nos boletins da Covid-19 pelo governo, no domingo (18), a taxa de ocupação das enfermarias era de 38%.

O documento divulgado pelo governo, na segunda (26), apontou que a ocupação desse tipo de leito chegou a 45%. Nesta terça (27), havia doentes em 46% das vagas, conforme o estado.

Nas UTIs, o aumento foi registrado desde a quarta-feira (21). Naquele dia, aponta o levantamento da TV Globo, a taxa de ocupação era de 65%.

No último boletim, de segunda, havia pacientes em 72% das vagas para esse tipo de tratamento. Nesta terça, a taxa atingiu a casa de 75%, segundo o estado. 

Nesta terça, o governo divulgou a taxa de ocupação de leitos da rede privada. Após uma reunião entre o secretário estadual de Saúde, André Longo, e representantes dos hospitais particulares, no Recife, o estado informou que há 132 enfermarias para a Covid-19 e uma ocupação de 21%. Também são disponibilizadas 202 UTIs e 74% delas estavam ocupadas.

Depois da reunião, o presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, Sindihospe, George Trigueiro, afirmou que as pessoas “estão procurando mais as emergências dos hospitais do que antes, quando estavam com mais medo”.

Segundo ele, no início da pandemia, as pessoas foram orientadas ficar em casa e só procurar unidades de saúde em caso de falta de ar.

"Agora, as pessoas estão com a orientação de ir para a urgência em caso de qualquer sintoma respiratório. As unidades da rede particular estão recebendo mais gente nas emergências", declarou.

Sobre possíveis motivações para essa maior incidência de pessoas com algum sintoma em busca de hospitais, George apontou algumas questões.

"As pessoas estão se aglomerando.Teve feriado e convenções partidárias. Também houve politização da doença, como está acontecendo agora com a vacina", disse.

Governo

Por meio de nota, o governo fez um balanço da reunião com os representantes dos hospitais. O estado apontou que a taxa global de ocupação da rede pública atual é de 59%, “mantendo uma tendência de estabilidade desde o pico da pandemia”.

Ainda de acordo como estado, o Sindhospe informou que os serviços particulares “estão operando dentro da normalidade, inclusive com desmobilização de leitos para o novo coronavírus e a retomada da assistência das outras patologias que ficaram reprimidas no período mais crítico do isolamento social”.

Segundo a nota do estado, o sindicato afirmou que, “diferentemente do que vem circulando em mensagens nas mídias sociais, não houve superlotação dos leitos hospitalares”.

Na reunião, o secretário estadual de Saúde, André Longo, disse que solicitou ao Sindhospe para que as unidades particulares mantenham a Central de Regulação do Estado atualizada sobre as vagas disponibilizadas para os casos suspeitos e confirmados e as respectivas taxas de ocupação.

"Nessa reunião, ficou muito claro que não há nenhum tipo de superlotação nessas unidades privadas. Alguns desses hospitais relataram uma procura maior de casos leves, que nem sempre têm relação com a Covid-19 e nem sempre geram internamento. Não houve um crescimento significativo nas taxas de ocupação nem na rede pública nem também na rede privada", afirmou André Longo.

O governo afirmou, ainda, que a "possibilidade de aumento nas internações" pode ter relação com o feriadão de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro.

"A gente reforça a necessidade do cuidado, porque uma coisa que se cogitou, nessa reunião, é a possibilidade de que esse aumento na procura de casos leves tenha relação com o feriadão do dia 12 de outubro, onde as pessoas se expuseram mais. É preciso, então, reforçar as medidas sanitárias, buscar o cuidado sempre que for sair de casa", declarou Longo

Evolução

Nesta terça, o governo de Pernambuco informou que, diante das as análises epidemiológicas das últimas semanas, foi observado “um leve aumento de 1,1% nas suspeitas de casos leves, nos últimos 15 dias”.

Em relação aos casos graves, a Secretaria de Saúde informou que houve “quedas sucessivas nas ocorrências, como também dos óbitos”.

O estado disse que, diante desse quadro, mais de 1,5 mil leitos foram desativados. Segundo a secretaria, a rede de saúde “continua com capacidade de mobilização para, se necessário, retomar leitos para assistência à Covid-19.

Boletim

Nesta terça, Pernambuco totalizou 160.354 casos confirmados da Covid-19 e 8.575 mortes provocadas pela doença. O estado chegou a esses números, que começaram a ser contabilizados em março, após registrar, nesta terça-feira (27), mais 878 infectados e 11 óbitos por causa do novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, Pernambuco registrou mais de 160 mil infectados pelo novo coronavírus. Também foram notificadas, desde março, mais de 8.500 mortes.

   

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