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Apoio de Bolsonaro à Patrícia não impede Mendonça de avançar

Por Renata Bezerra de Melo



Na véspera do 1º turno no Recife, ainda não há clara definição de quem estará em provável 2º turno, concorrendo com o candidato do PSB, João Campos, que continua com 31% das intenções de voto, segundo aponta a última pesquisa Folha/Ipespe. Se o socialista manteve-se na mesma posição em relação à amostra anterior, divulgada no dia 9, na qual ele já figurava com 31%, seus adversários, que disputam a segunda vaga, mais uma vez, oscilaram positivamente. Em tendência de crescimento, Marília Arraes chega a 24% (tinha 22%). Mendonça Filho avança para 19% (tinha 16%). A delegada Patrícia Domingos registra, agora, 14% das citações (tinha 13%). A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. A candidata do Podemos apresenta essa oscilação, recuperando um ponto percentual, uma semana após receber a declaração de apoio do presidente Jair Bolsonaro. Em live ao lado da delegada, no último sábado, o chefe do Planalto pediu voto para ela, advertindo que esse era o caminho para evitar um 2º turno entre dois candidatos da esquerda.

O movimento do presidente se deu no momento em que a delegada via sua rejeição subir drasticamente após postagens antigas em suas redes sociais serem levadas ao guia eleitoral de Mendonça. Entre outras coisas, alvos de duras críticas dos adversários, a delegada chamava o Recife de “Recífilis”. Em função disso, uma bolsa de apostas passou a se dar em torno de uma desidratação da candidata. A pesquisa sinaliza, no entanto, que ela segurou suas intenções de voto, o que também não impediu oscilação positiva de Mendonça. O apoio de Bolsonaro à prefeiturável havia acendido o sinal amarelo nas Oposições. Motivo: havia uma ala desse conjunto avaliando que isso poderia não alavancar a delegada, mas ser suficiente para estancar uma migração de votos dela para o democrata. Isso poderia prejudicar o campo da direita, impedindo que tanto ele quanto ela fossem ao 2º turno e favorecendo a petista. Tanto Mendonça quanto Patrícia vinham duelando pelo voto útil, que pode ser depositado em quem tiver mais chance de ultrapassar Marília. Só colar na petista já interessava aos dois, uma vez que isso pode gerar uma tendência favorável na véspera do pleito. Nos votos válidos, quando se exclui brancos e nulos, João Campos tem 34%, Marília Arraes, 26%, Mendonça Filho, 21% e Delegada Patrícia, 15%. 

Cenário mais duro é com Marília
Nas simulações de 2º turno, João Campos venceria os adversários, mas quem provoca mais dificuldade ao socialista, conforme mostra a pesquisa Folha/Ipespe, é Marília Arraes. Nesse caso, ele teria 43% e ela, 39%. Contra Mendonça Filho, João Campos ampliaria a vantagem para 11 pontos. Ele teria 48% e o democrata, 37%. 

Confortável > Se o cenário no 2º turno for entre João Campos e a Delegada Patrícia, ele teria 51% e ela, 26%. Antes de ver sua rejeição crescer substancialmente, a delegada chegou a figurar como a candidata que provocaria a disputa mais dura com João Campos, o que vinha sendo usado como argumento de sua campanha. 

Ranking > Aparecem com 1%: Carlos, Marco Aurélio Meu Amigo e Coronel Feitosa. Cláudia Ribeiro, Thiago Santos e Charbel figuram com 0%. Os que optam por Nenhum/Branco/Nulo equivalem a 7% e Não sabe/Não respondeu, 2%. A pesquisa Folha/Ipespe foi a campo nos dias 12 e 13 e está registrada no TSE sob o protocolo PE-07544/2020. 

Suspense> A indefinição, na véspera do pleito, sobre quem 
irá ao 2º turno com João Campos, é um cenário atípico. Os candidatos e seus aliados observam que, em pleitos anteriores, esse desenho já estava cristalizado com antecedência. 


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