Nos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Marília
Arraes tem 55%, e João Campos, 45%. Pesquisa é a primeira do Datafolha no 2º
turno das eleições na capital. Levantamento foi feito entre os dias 17 e 18 de
novembro.
Por G1 PE
Pesquisa
Datafolha divulgada nesta quinta (19) mostra percentual de intenção de voto
para o segundo turno pela prefeitura do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
O Datafolha divulgou,
nesta quinta-feira (19), o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o
segundo turno da eleição para prefeito do Recife. O levantamento foi realizado nos dias 17 e 18 de
novembro e tem margem de erro de 3 pontos, para mais ou para menos.
Os resultados foram os seguintes:
·
Marília Arraes (PT):
41%
·
João Campos (PSB):
34%
·
Em branco/nulo:
21%
·
Não sabe/não
respondeu: 3%
·
Votos
válidos
·
Nos votos válidos,
os resultados foram os seguintes:
·
Marília Arraes
(PT): 55%
·
João Campos (PSB):
45%
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos
brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o
mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da
eleição. Para vencer no 2º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos
mais um voto.
Destaques por segmentos
De acordo com o Datafolha, Marília Arraes tem maior vantagem entre os
homens (41% a 30%) do que entre as mulheres (42% a 37%). Na análise por idade,
ela fica à frente na faixa de 16 a 24 anos (42% a 32%), entre quem tem de 25 a
34 anos (47% a 30%) e no grupo de 35 a 44 anos (41% a 30%). Nas demais, há
empate (38% para Marília e 37% para João Campos entre quem tem de 45 a 59 anos,
e 41% a 40% no segmento com 60 anos ou mais).
Entre os eleitores com ensino fundamental, o candidato do PSB tem 46%,
ante 41% da candidata do PT. Na parcela com escolaridade média, 39% votariam em
Marília, e 32% em Campos, e entre eleitores com curso superior, a vantagem é da
petista (46% a 25%). A taxa de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo
salta de 9% entre os menos escolarizados para 26% entre quem tem escolaridade
média, no mesmo nível dos mais escolarizados (27%).
Por faixa de renda, a candidata do PT tem 43% entre os eleitores com
renda familiar de até dois salários mínimos, contra 37% de Campos. Nas demais,
a vantagem é ampliada: 40% a 31% na parcela com renda de dois a cinco salários
mínimos, e 42% a 26% entre os mais ricos, com renda familiar superior a cinco
salários.
Entre os eleitores que declaram ter votado em Mendonça Filho (DEM)
no primeiro turno da eleição, 28% agora preferem Marília e 27% pretendem votar
em João Campos, com 40% optando pelo voto em branco ou nulo. No eleitorado que
votou em Delegada Patrícia (Podemos), 17% têm intenção de votar na petista, e 24% em
Campos, com migração majoritária para o voto em branco ou nulo (57%).
De acordo com o Datafolha, 80% dos eleitores citam corretamente o número
que irão digitar na urna, no segundo turno, com o conhecimento do número de
Campos (86%) em patamar próximo ao registrado para o de Marília (80%).
Ampla maioria (88%) também está totalmente decidida sobre seu voto, com
eleitores convictos da candidata do PT (91%) e Campos (87%) em nível similar
neste momento. Entre os que declaram votar em branco ou nulo, 86% também já
estão totalmente decididos.
Apoio no segundo turno
De acordo com o Datafolha, para 39% dos eleitores, o candidato derrotado
Mendonça Filho (DEM) deveria apoiar Marília Arraes no segundo turno, e 34%
acreditam que ele deveria oferecer apoio a João Campos. Entre aqueles que
votaram no candidato do DEM, 29% gostariam de vê-lo apoiando a candidata do PT,
e 27% o candidato do PSB. Para 37% dos eleitores de Mendonça, no entanto, ele
deveria apoiar nenhum deles, e 8% não responderam.
De forma geral, 35% dos eleitores recifenses acredita que Mendonça Filho
irá apoiar Campos no segundo turno. Para 30%, ele irá oferecer apoio a Marília
Arraes, e 25% avaliam que ele não irá apoiar nenhum dos dois candidatos, com
11% sem opinião a respeito.
Uma parcela de 37% do eleitorado acredita que Delegada Patrícia
(Podemos) deveria apoiar a candidata do PT neste segundo turno, e para 34%, ela
deveria apoiar João Campos. Entre aqueles que votaram em Patrícia Domingos, 49%
preferem que ela não apoie nenhum dos candidatos; 23% acham que ela deveria
apoiar Marília Arraes, e uma parcela igual (22%) avalia que seu apoio deveria
ir para Campos.
Perguntados sobre quem Delegada Patrícia irá apoiar, 34% apontaram que
ela deverá dar seu apoio a Campos, e 31%, que deverá apoiar Marília. Há 24% que
apontam que a candidata do Podemos não irá apoiar ninguém neste segundo turno,
e 11% não opinaram.
Entre os que pretendem votar em Marília Arraes no segundo turno, 82%
gostariam que Mendonça Filho desse seu apoio à petista, e 69% gostariam de
contar também com o apoio de Delegada Patrícia. Os números são parecidos para
os eleitores de Campos no segundo turno: 81% acham que o candidato derrotado do
DEM deveria apoiar seu candidato nesta etapa da eleição, e 68% acreditam que a
candidata do Podemos também deveria oferecer seu apoio a Campos.
Decisão do voto e ida às urnas
Ainda segundo a pesquisa do Datafolha, 57% dos eleitores decidiram o
voto para prefeito um mês da votação para primeiro turno, e os demais, cerca de
15 dias antes (13%), uma semana antes (9%), na véspera (4%) ou no dia da
eleição (15%). Entre eleitores com escolaridade fundamental, 23% decidiram seu
voto no último domingo, índice que cai para 14% entre quem tem escolaridade
média, e para 7% no eleitorado com escolaridade superior.
Na parcela de menor renda, 19% decidiram em quem votar no dia da
eleição, ante 10% entre aqueles com renda familiar de dois a cinco salários, e
9% entre os mais ricos, com renda superior a cinco salários. Entre os que
votaram em Campos no primeiro turno, 17% decidiram no domingo, e na parcela que
votou em Marília os eleitores de última hora somam 11%.
Na parcela de eleitores do Recife que não foi votar no último domingo,
25% deixaram de ir às urnas porque não estavam na cidade; 17% estavam doentes
ou com algum problema de saúde; 13% estavam trabalhando e 12% estavam
desinteressados pela eleição, entre outros motivos menos citados pelos que se
abstiveram.
Sobre a pesquisa
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Margem de erro: 3
pontos percentuais para mais ou para menos
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Entrevistados: 924
eleitores do Recife
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Quando a pesquisa
foi feita: entre 17 e 18 de novembro
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Registro no TRE:
PE-06761/2020
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Nível de
confiança: 95%
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Contratantes da
pesquisa: TV Globo e jornal "Folha de S.Paulo"
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O nível de
confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95%
de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é
de 3 pontos, para mais ou para menos.
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