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opinião é uma coisa muita subjetiva e
cada forma de pensar vem muitas vezes imbuída da necessidade de cada um. O novo
decreto do governo do estado, entre tantos que já foram publicados nesse
estágio da pandemia, volta a restringir atividades como academias, salões de
beleza, bares, restaurantes, óticas, enfim, uma série de serviços não
considerados essenciais, segundo o Comitê Estadual de Enfrentamento ao
Covid-19, de onde as decisões do que pode ou não fechar, passa pelo crivo do
órgão colegiado.
A decisão que vai para o papel e
decreta “LOCKDOWN” ou “CONFINAMENTO” no aportuguesado, principalmente nas
discussões que tive um tempo para avaliar nas redes sociais, questionam as
inúmeras aglomerações em bancos, lotéricas, transporte público, supermercados e
a insensatez de transformar concessionárias de veículos e o futebol como
essenciais, ao invés de óticas, academias, restaurantes, etc. Deve ser muita
influência mesmo.
A opinião aqui do editor, que não tem
nada a ver com as atividades de fiscalização que exerce e que a cada decreto o
coloca na linha de frente para convencer os donos de estabelecimentos que quem
decretou lockdown ou o que danado for de restrição, também fica desnorteado sem
entender do porque uma atividade que leva milhares de pessoas às ruas, coladas
umas nas outras, sem os estabelecimentos cumprirem com o que os Protocolos de
Convivência determinam, no caso dos bancos e lotéricas, a cada 20 pessoas teria
uma pessoa (funcionário) organizando o distanciamento, são determinadas
essenciais, e que causa aos olhos de qualquer leigo, um risco enorme de
propagação do vírus e o aumento dos casos da doença. Alguém já viu
ser cumprido esse protocolo? E ainda os desinformados acreditam que é papel da
Vigilância Sanitária servir aos donos desses estabelecimentos que arrecadam
muito na pandemia.
Vamos novamente às ruas convencer quem
sabe àqueles que nos respeitam ou aquele que precisa cumprir com a folha de
pagamento dos seus funcionários no fim do mês e que cumpriu os protocolos à
risca e, levar porrada daquele comerciante que superlotou o seu estabelecimento
aproveitando que foi incluído na categoria de serviços essenciais, além de
nunca obedecer aos critérios estabelecidos nos decretos tanto estadual como
municipal. Esse sim deve ser penalizado com o rigor da lei, porque ele é
responsável e autor de atos que tem exigido dos governos tomarem atitudes e
medidas drásticas para um comércio já tão combalido no Estado.
O confinamento também não vai conseguir
conter as pessoas que vão continuar realizando suas “festinhas particulares” e
clandestinas, regadas a muita bebida, aglomeração e falta de respeito com um
momento tão perturbador que estamos vivenciando. E olhe, que essas festinhas,
onde muitas vezes a própria polícia fica inibida de acabar, não são realizadas
por gente da periferia, dos bairros pobres, mas por gente graúda que gasta
muito e tem influência.
Então LOCKDOWN é a solução, quando
milhares de pessoas estão alheias aos acontecimentos? Quando os números, as
mortes não passam de estatísticas para esses “CRIMINOSOS”?
Não sei mais o que dizer quando o meu cansaço virou estresse e a minha dor não é mais atenuada assistindo inerte, um mundo em que as pessoas não se importam mais com o sofrimento dos seus irmãos.
Devia acontecer um CONFINAMENTO dos sentimentos das pessoas, aí sim, as medidas não precisavamm ser tão duras para todos nós.
Blog do Paixão