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TODO MUNDO QUER JOGAR PEDRA NA GENI


Araripina, 25 de março de 2020. Medidas Restritivas paralisam parte do comércio do município


A

 partir de amanhã, quarta-feira (03/03) o Estado de Pernambuco aumenta ainda mais as medidas restritivas no combate ao Covid-19. Segundo o Governo do Estado pode ser iminente um colapso no nosso sistema de saúde, pelo motivo dos casos quem vem aumentando principalmente com suspeita de serem uma nova ou novas variações do vírus.

Em Araripina, em 19 de março completaremos um ano das primeiras medidas restritivas para o enfrentamento ao novo coronavírus e parece que o filme se repete com a sensação terrível e assustadora de que vamos ter um mês tempestuoso e desesperador principalmente para quem é acometido gravemente pela doença e precisa ser intubado: se ainda houver espaço na Unidade de Terapia Intensiva.



Movimento nas lotéricas da cidade. 18 de março de 2020

Fechar o comércio é a solução? Abrir o comércio faz aumentar o número de infectados? Os comerciantes estão ou cumpriram com os protocolos de combate ao Covid-19? E as festas clandestinas? E as eleições? O final do ano, o carnaval...

Será se estamos procurando os culpados? E quem são os culpados? O governo? A população? Os comerciantes? A fiscalização? Os políticos?

E cada um de nós como tem se comportado na pandemia? Reunindo os amigos escondidos? Fazendo festas clandestinas ou promovendo um motivo para negar que o vírus não existe que isso é invenção dos governos para lucrar e engordar ainda mais o caixa das prefeituras, dos estados?



Um mês de março com ruas desertas em Araripina. 

Em verdade vivemos em um país em que todos ‘Somos Geni” - óbvio que tem governo lucrando com a desgraça do povo, óbvio que os diagnósticos médicos de mortes todos são apontados por causas relacionadas à Covid-19; que o dono da festa não está nem aí com aglomeração; que o comerciante quer mesmo é vender; que o álcool em gel, a máscara cirúrgica, luvas, venderam como nunca a preços exorbitantes e nunca se viu ninguém preso por roubar descaradamente o povo brasileiro.

Estamos à beira do abismo, uns empurrando os outros, quando não seria preciso fiscalização para dizer a você que máscara lhe protege, quando não é preciso uma pessoa ou uma autoridade dizendo-lhe que você sim é o culpado por tudo isso que está acontecendo.

Não entendo porque os bancos não criaram uma maneira digital de pagar os benefícios aos seus clientes, eles lucram tanto e oferecem filas enormes de propagação do novo coronavírus; os supermercados não inventaram delivery para entregar as suas  feiras, quando isso já existia muito antes do desenvolvimento das novas tecnologias e os bares e restaurantes precisam ficar abarrotados, quando todo mundo precisa consumir e beber em casa, apenas com sua família?

Acho que cada um pode fazer um esforço mínimo para mudar e transformar nessa nova maneira de viver ou que teremos que nos adaptar para vivermos.

O vírus virou uma cepa, se metamorfoseou e hoje são variações simbióticas que se espalham à medida que encontra um hospedeiro, isto é, pessoas aglomeradas. O vírus ou os vírus se apoderam de um, vai passando para outros e de repente vira uma cadeia de transmissão sem limites que desencadeia numa pandemia que colapsa qualquer sistema de saúde, principalmente, o tão fragilizado SUS que além de não suportar a carga que já era bastante pesada, vai colapsar de qualquer maneira.

Portanto, procurar culpado quando você não faz sua parte é jogar pedra na Geni, procurar culpado quando a sua loucura de lucrar é maior do que manter um comércio funcionando dentro dos protocolos que precisam ser cumpridos para não agravar o sistema de saúde, é jogar pedra na Geni.

Portanto, estamos nós aqui, procurando uma justificativa plausível para tudo que não interessante para nós. A maioria dos estabelecimentos continua com pessoas aglomeradas e sem máscara quando está batendo a nossa porta um novo lockdown. Basta dar uma volta ali na Avenida Florentino Alves Batista, na Avenida Perimetral lotadas de pessoas desprovidas de máscaras, na Avenida Antônio de Barros Muniz, José Barreto de Souza Sombra, enfim, parte de nós negamos ou perdemos o medo de um vírus que adora os NEGACIONISTAS. E ele se prepara para atacar em um mês que precisamos ser vigilantes, mas não seremos, que precisamos acreditar na letalidade da doença, mas não acreditamos e que nós os fiscais, seremos os bobos da corte procurando colocar nas cabeças das pessoas que elas precisam colaborar: usar máscara, álcool em gel, cumprir o distanciamento social, blábláblá.

Todo mundo quer jogar pedra na Geni.  

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