*Por Rebeca Fuks
Alguns compositores brasileiros fizeram tanto sucesso que estão na cabeça e boca de todo mundo, independente do estilo da música!
Selecionamos os 30 maiores compositores brasileiros que fazem parte do cânone da música brasileira.
1.
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Pianista, compositora e maestrina, Chiquinha Gonzaga
foi uma mulher muito a frente do seu tempo. Filha de um primeiro-tenente com
uma mestiça, filha de escrava, Chiquinha enfrentou o preconceito desde cedo ao
ser rejeitada pela família do pai. Mas mesmo assim nunca se abateu - a sua
criação foi no meio das crianças burguesas, com o melhor que a educação de
elite poderia oferecer.
Chiquinha ganhou de presente de casamento um piano,
e foi nele que começou a compor valsas e polcas, contra a vontade do primeiro
marido que o queria afastar da música. A moça acabou por se divorciar do pai
dos seus filhos para seguir o seu sonho na música.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga entrou no
imaginário coletivo com a sua composição Ô abre alas, mas o seu
trabalho foi muito além da criação da marchinha carnavalesca. Sabia que
ela foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil?
2. Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro e é
considerado um dos precursores da música erudita brasileira. Seu
pai também era músico, e desde criança Villa-Lobos se interessou por
instrumentos, aprendendo a tocar violoncelo, clarinete e saxofone.
Ao mesmo tempo que ouvia grandes nomes da música
clássica, como Bach, o garoto se interessava também por ritmos brasileiros,
principalmente os nordestinos. Foi assim que revolucionou a música instrumental
nacional, misturando sons antes nunca testados. Hoje é, sem dúvida, um dos
maiores compositores brasileiros da história, inclusive tendo fundado a
Academia Brasileira de Música.
3. Pixinguinha (1897-1973)
O choro brasileiro deve muito a Pixinguinha, nome
artístico de Alfredo da Rocha Viana Filho que nasceu no Rio de Janeiro.
Seu pai era flautista e com apenas treze anos o
menino já compunha músicas. Com quinze, tornou-se músico pela orquestra do
Teatro Rio Branco. Com o tempo o garoto fez parte de importantes grupos
musicais da década de vinte, como o Caxangá, saiu em turnês internacionais e
ganhou fama como um dos maiores músicos que o Brasil já teve.
Carinhoso, sua
composição mais conhecida, é considerada uma das obras mais importantes da
música popular brasileira.
4. Ary Barroso (1903-1964)
Sabia que Ary Barroso já foi até indicado ao Oscar
de Melhor Canção Original? O compositor nascido em Minas Gerais é um dos
expoentes do samba nacional. Compunha muitos sucessos interpretados por Carmem
Miranda e ganhou a vida na juventude como pianista em bares e orquestras.
Aquarela do Brasil,
sua composição mais famosa, é uma música reconhecida internacionalmente e
símbolo do samba-exaltação, estilo inaugurado por Ary, que ressaltava as
qualidades do Brasil como um país plural.
5. Cartola (1908-1980)
Há quem diga que o carioca Angenor de Oliveira,
famoso Cartola, foi o maior sambista que o Brasil já teve. Além de
compor e cantar, Cartola também era poeta e o violinista. Cavaquinho e violão
estavam sempre com ele.
Cresceu no Morro da Mangueira, tendo fundado, inclusive,
a escola de samba Estação Primeira de Mangueira quando tinha apenas 20 anos de
idade.
Era o clássico malandro boêmio que vivia
no samba e bares cariocas. Na década de 30 compôs para grandes cantores,
como Carmem Miranda, e só mais velho é que explodiu em carreira solo, com o seu
primeiro disco gravado quando tinha 66 anos de idade. Continha os
clássicos As Rosas não Falam e o O Mundo é um
Moinho.
6. Noel Rosa (1910-1937)
Foram mais de trezentas as composições do Poeta da
Vila, Noel Rosa. Isso porque ele viveu apenas 27 anos, morrendo vítima de
uma tuberculose. Apesar de ter tentado a faculdade de medicina, logo abandonou
o curso pela vida boêmia no bairro da Lapa no Rio de Janeiro, onde passava
noites entre bares e cabarés.
É considerado o homem responsável por levar o samba,
originalmente do morro e das favelas, para o asfalto, e para as rádios
nacionais. O que popularizou o estilo musical entre a classe média
brasileira. Com que roupa eu vou? é uma de suas canções mais
conhecidas e populares.
7. Adoniran Barbosa (1910-1982)
João Rubinato nasceu em Valinhos, interior de São
Paulo. É considerado o pai do samba paulista, por popularizar o
ritmo no estado. A sua carreira se fez com muita insistência do artista, que
batia sempre às portas das rádios, e fazia participações em programas de
calouros.
Aproximadamente com 30 anos, Adoniran, pseudônimo
que adotou, começou a trabalhar na rádio, como ator cômico, locutor e,
posteriormente, teve espaço para suas gravações. Saudosa Maloca foi
seu primeiro sucesso como compositor e Trem das Onze é até
hoje um dos sambas paulistas mais famosos da história.
8. Luiz Gonzaga (1912-1989)
O baião, xote e xaxado, ritmos nordestinos hoje
muito populares, devem muito a Luiz Gonzaga, pernambucano que espalhou tais
ritmos por todo o Brasil. Chegou a ser militar na juventude, para fugir da
família de uma moça com quem estava proibido de se envolver e, paralelamente,
ganhava um dinheiro extra trocando sanfona pelos estados onde passava.
Compunha principalmente melodias para as suas
canções. Asa Branca e outras músicas famosas foram feitas em
parceria com o advogado Humberto Teixeira, com quem trabalhou por cinco anos
criando diversos hinos da música nordestina nacional.
9. Vinicius de Moraes (1913-1980)
A música popular brasileira não seria mesma sem as
composições de Vinicius de Moraes, o carioca que desde criança já fazia jus ao
seu apelido de poetinha. Na adolescência fez parte do coral de uma igreja católica,
onde criou a suas primeiras canções.
Chegou a cursar direito, tentou a carreira
política, publicou um livro de poemas, foi jornalista, dramaturgo. Mas foi no
final da década de 50 que deslanchou como artista, compondo em parceria com
Toquinho, Tom Jobim, João Gilberto, Chico Buarque, entre outros nomes.
Garota de Ipanema, Chega de Saudade e Eu
Sei Que Vou Te Amar são algumas das músicas mais importantes da MPB
compostas por Vinicius.
10. Lupicínio Rodrigues (1914-1974)
Lupicínio nasceu no berço de uma extensa família.
Ele foi o primeiro filho homem entre os 21 descendentes do casal
Francisco (funcionário da Escola de Comércio) e de Abigail Rodrigues.
Aos doze anos começou a compor para blocos
carnavalescos da sua região. O pai, com medo do destino boêmio do filho, tentou
o afastar desse meio de todas as formas que pode - até o inscreveu no exército
- mas felizmente não conseguiu obter sucesso em tal façanha.
Lupicínio cantou no conjunto musical dos soldados,
continuou com as suas marchinhas e se inscreveu em uma série de concursos. Sua
primeira vitória foi em 1935, quando ganhou um concurso da Rádio
Farroupilha. O primeiro sucesso veio três anos mais tarde, em julho de
1938, com a gravação de Se acaso você chegasse.
Autor de clássicos da MPB como Vingança, Felicidade e Nervos
de aço, Lupicínio Rodrigues tem
uma história de luta que merece ser conhecida.
11. Dorival Caymmi (1914-2008)
Lembra de Saudade de Itapoã? E do Samba
da Bahia? E O que é que a baiana tem? Essas foram algumas das
muitas criações que ficaram famosas do baiano Dorival Caymmi.
Nascido em Salvador, filho de um funcionário
público que tocava violão, piano e bandolim, Dorival deu os seus primeiros
passos cantando no coro da igreja. Autodidata, aprendeu a tocar violão sozinho
e em 1930 compôs a sua primeira canção: No sertão.
Apesar de ser cria da Bahia, foi no Rio de Janeiro
que a sua carreira de fato decolou. Depois de se apresentar na Rádio Nacional
cantando e tocando berimbau, foi contratado pela Rádio Tupi.
Com mais de vinte discos gravados, as suas
composições ficaram famosas não só na sua voz como também na de muitos cantores
parceiros.
12. Tom Jobim (1927-1994)
Maestro, cantor, compositor, pianista, violinista e
arranjador, ufa! Tom era de fato um homem de múltiplos talentos. Filho de um
diplomata, desde cedo teve contato com a música porque nasceu no berço de uma
família boêmia - sua avó, por exemplo, mandava bem no piano enquanto os tios
davam conta de boas serestas.
Tom ainda tentou seguiu uma carreira como
arquiteto, mas acabou logo por desistir para se dedicar a tempo inteiro à
música. Seus primeiros passos foram na noite carioca, onde começou a se apresentar
em uma série de casas noturnas. Logo foi contratado por uma gravadora para
fazer alguns arranjos.
Lembra daquela música Teresa da Praia?
Foi o primeiro sucesso de Tom a emplacar e justo em homenagem à sua mulher,
Teresa, que havia não por acaso conhecido na praia.
Tom teve bons parceiros ao longo da vida como
Vinicius de Moraes, João Gilberto e Chico Buarque. São dele os clássicos Garota
de Ipanema, Sabiá, Chega de Saudade e Desafinado.
13. Tom Zé (1936)
Dá para acreditar que esse baiano nascido em Irará, no recôncavo da Bahia, ganhou o prêmio máximo da loteria federal? Tom Zé nasceu numa família de classe média - seu pai era comerciante - e viu a vida mudar depois de arrebatar o prêmio.
O artista se formou pela Univerisadade de Música da
Bahia, onde depois veio a dar aulas de Contraponto e Harmonia. Mas o professor
Tom Zé ficou conhecido nacionalmente foi como compositor. Sua carreira começou
no Teatro Castro Alves, depois de ter participado do espetáculo Nós,
por exemplo, de Augusto Boal.
Tom Zé viu a cultura fervilhar no Brasil e também
foi responsável pelo rebuliço: gravou o icônico disco Tropicália ou
Panis et Circensis, participou de festivais de música, fez shows nacionais
e internacionais.
14. Baden Powell (1937-2000)
Amigo muito próximo do poetinha aqui de
cima, Baden Powell assinou com Vinicius de Moraes uma série de
parcerias musicais. Mas esse não foi seu único parceiro, Baden partilhou a sua
paixão pela música com diversos amigos boêmios como Billy Blanco e Paulo César
Pinheiro.
Nascido em Varre-Sai, no interior do Rio de
Janeiro, quando tinha apenas alguns meses de vida o compositor se mudou para o
Rio de Janeiro com a família. Filho de um músico amador, desde cedo teve
contato com instrumentos musicais e aos 13 anos se inscreveu na Escola
Nacional de Música.
Sua carreira decolou a partir dos anos 50. Além de
fazer enorme sucesso no Brasil, também conquistou as plateias mundo afora tendo
feito apresentações nos Estados Unidos, na França, no Japão e em
Portugal.
15. Roberto Carlos (1941)
Nascido no Espírito Santo, Roberto Carlos Braga, ou
o Rei Roberto Carlos, como é conhecido, é o músico de MPB que mais
vendeu discos no Brasil. Passou pelo samba, bossa nova, rock, até o que
conhecemos hoje, um compositor basicamente romântico.
Roberto é um dos compositores mais regravados por
artistas brasileiros e várias de suas canções, como Detalhes, Como Vai
você e Emoções, estão entre as letras que qualquer brasileiro já
cantou um dia.
16. Erasmo Carlos (1941)
O Tremendão, como foi apelidado carinhosamente
Erasmo Carlos, nasceu na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, e deu os
primeiros passos na carreira musical durante a adolescência cantando rock
and roll e bossa nova no Bar Divino. Foi lá que conheceu seu amigo
Jorge Ben e também Tim Maia.
Ao lado de Tim e Roberto Carlos formaram um grupo
amador, Os Sputiniks, que não duraram muito tempo, mas que deram alguma
visibilidade para os artistas. Depois de encerrarem a parceria, cada artista
seguiu sua carreira solo.
Ao lado de Roberto Carlos e da Wanderléa, Erasmo se
destacou como um dos grandes nomes da Jovem Guarda. Sua história, cheia de
altos e baixos, foi contada na biografia Minha fama de mau.
17. Gilberto Gil (1942)
O baiano Gilberto Gil é reconhecidamente um dos
compositores mais icônicos no Brasil, tendo iniciado a sua carreira ainda com
20 anos de idade, cantando ao lado de nomes como Caetano Veloso, Tom Zé, Gal
Costa e Maria Bethânia.
O Tropicalismo, movimento que ajudou a criar na
década de 70, foi um dos principais movimentos musicais brasileiros, criando
canções inovadoras com a mistura de ritmos estadunidense, ingleses e
brasileiros. Aquele Abraço é uma das composições que fazem do
compositor uma lenda da MPB.
18. Milton Nascimento (1942)
O carioca Milton do Nascimento é um dos
compositores nacionais de MPB com maior reputação mundial. Desde adolescente
era apaixonado pela música, formando uma banda, "Clube da
Esquina", com 21 anos de idade.
A carreira deslanchou depois que Elis Regina
gravou Canção do Sal, seu primeiro sucesso. Maria, Maria e Canção
da América estão entre as suas composições mais belas e famosas. Já
recebeu cinco Grammy e outros inúmeros prêmios nacionais e
internacionais.
19. Caetano Veloso (1942)
Um dos maiores nomes do movimento tropicalista,
Caetano é a voz por trás de clássicos como Sozinho, Você é
linda e Mensagem de amor. Nascido em Santo Amaro da
Purificação, na Bahia, Caetano viveu também no Rio de Janeiro e em Salvador.
Irmão de Maria Bethânia, os dois começaram a
carreira cantando e tocando violão nos bares da capital baiana. Ao lado de Gal,
Gil, da irmã e de Tom Zé, Caetano participou do show Nós, por exemplo.
Também fez parte do Show Opinião, participou de uma série de festivais da
canção e gravou uma sucessão de clássicos como Domingo e Alegria,
Alegria.
O talento de Caetano vem atravessando gerações e
até os dias de hoje o grande compositor emplaca clássicos cantados não só por
ele como por amigos parceiros.
20. Paulinho da Viola (1942)
Seria impossível pensar em samba e sem vir
não logo a cabeça o nome de Paulinho da Viola. O carioca nascido em
Botafogo é filho de violonista/integrante do grupo de choro Época de Ouro. Por
isso Paulinho sempre cresceu com muita música em casa, tendo ouvido muito Pixinguinha
e Jacob do Bandolim.
Autodidata no violão, Paulinho sempre teve gosto
pela boemia e pelo carnaval. Seu primeiro samba foi gravado para a escola União
de Jacarepaguá. Logo depois foi para a Portela, onde começou a se enturmar.
Apesar de ter se formado em contabilidade, Paulinho
sempre viveu de música e para a música. Entre os seus maiores sucessos
estão: Foi um rio que passou em minha vida, 14 anos e As
rosas não falam.
21. Tim Maia (1942-1998)
Sebastião Rodrigues Maia nasceu no Rio de Janeiro e
desde pequeno cantava no coral da igreja. Com apenas 15 anos, formou a banda
"The Sputniks", cujo um dos integrantes era Roberto Carlos. Eles
faziam pequenas apresentações, inclusive na TV.
Ao imigrar para o EUA, aos 17 anos, Sebastião
tornou-se Tim e incorporou em seu repertório o soul, jazz e outros ritmos
negros que estavam fervendo no início da década de 60.
Foi assim que Tim Maia, voltando ao Brasil,
tornou-se a principal voz do soul no país, e criador de algumas das canções
icônicas que hoje compõem a MPB nacional, como Gostava Tanto de Você,
Me Dê Motivos e Não Quero Dinheiro: Eu Só Quero Amar.
22. Chico Buarque (1944)
"Estava à toa na vida, o meu amor me
chamou, pra ver a banda passar, cantando coisas de amor"... Chico
Buarque de Holanda é o autor desse clássico e de tantos outros que marcaram a
Música Popular Brasileira.
Amigo de Tom Jobim, Toquinho, Vinicius de Moraes,
Baden Powell, Caetano Veloso e Francis Hime ele fez uma série de canções que
entraram para a história.
Filho de uma pianista com um historiador, Chico
começou a compor e a cantar com as irmãs. Se apresentou no programa Fino da
Bossa, em 1964, apresentado por Elis Regina. Esse foi um dos primeiros pontapés
da sua carreira.
Seguiu gravando disco, se apresentando e
escrevendo. Dois anos mais tarde emplacou seu primeiro grande sucesso: A Banda.
Cantada por Nara Leão a composição venceu o Festival de Música Popular
Brasileira.
De lá para cá Chico não parou e continua enchendo
nossos dias com belas canções.
23. Aldir Blanc (1946-2020)
Gosta daquela música O bêbado e a
equilibrista, o hino da lei de anistia, cantada por Elis? Sabia que a
composição é do Aldir Blanc feita em parceria com João Bosco? O cantor e
compositor brasileiro nasceu no Rio de Janeiro, se formou em medicina e chegou
a se especializar em psiquiatria, mas em 1973 largou a área médica para o alto
e foi viver de música.
Seu primeiro sucesso foi no início dos anos 70, a
canção Amigo é pra essas coisas foi feita ao lado de Silvio da
Silva Jr. Depois vieram outras composições, como Ela, O mestre-sala dos
mares e Dois pra lá, dois pra cá, gravadas por Elis
Regina.
24. Alceu Valença (1946)
Um dos nomes mais importantes da MPB, o
pernambucano Alceu Paiva Valença é um dos compositores nordestinos de maior
sucesso no país. Possui indicações ao Grammy e importantes prêmios nacionais,
como o Prêmio da Música Brasileira.
A sua maior contribuição para a música nacional foi
a ideia inovadora de incorporar a guitarra elétrica aos sons nordestinos.
Hoje, Alceu é um respeitado compositor brasileiro,
criador de algumas das músicas mais famosas do país, como Tropicana,
Girassol e Coração Bobo.
25. Toquinho (1946)
Antonio Pecci Filho nasceu em São Paulo e tornou-se
um dos maiores violinistas que o Brasil já viu. Além disso, possui mais de 100
composições feitas em parceria com outro grande artista, Vinicius de Moraes, de
quem foi grande amigo.
Mais conhecido pelos seus sucessos infantis, como a
clássica Aquarela, Toquinho co-assina algumas das composições
mais lindas e famosas da MPB, como Garota de Ipanema. Evoluiu como
profissional ao lado de outros grandes nomes, como Elis Regina, Bossa Jazz
Trio, Geraldo Cunha e Chico Buarque.
26. Djavan (1949)
Nascido em Maceió, Djavan Caetano Viana saiu de sua
cidade natal para tentar a carreira musical aos 23 anos de idade, com o que
havia aprendido como amador. Teve a sorte de ser apresentado ao então
presidente da Som Livre, que encantado com o talento do artista, conseguiu que
ele cantasse algumas das famosas trilhas sonoras de novelas da Rede
Globo.
Então com pouco mais de 25 anos, Djavan passa
também a compor e engata alguns dos hits dos anos 70,
como Flor de Lis e Fato Consumado. Desde então não
há como falar em MPB sem citar Djavan, o artista que influencia até hoje
grandes sucessos nacionais.
27. Cazuza (1958-1990)
Agenor de Miranda Araújo Neto nasceu no Rio de
Janeiro em uma família de classe média e desde cedo teve contato com o mundo
artístico através de seus pais. Começou a escrever poemas já na adolescência e
seu primeiro trabalho foi na gravadora Som Livre, gravadora de seu pai, onde
fazia triagem de novos artistas.
Junto com Roberto Frejat, na banda Barão Vermelho,
Cazuza formou uma das maiores parcerias do rock brasileiro, compondo
grandes hits como Pro Dia Nascer Feliz e Bete
Balanço. Após Ideologia, Brasil e Faz Parte
Do Meu Show são outras das mais de cem canções deixadas pelo artista
para o cânone da MPB.
28. Renato Russo (1960-1996)
O músico Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de
Janeiro e é um dos nomes mais importantes do rock brasileiro, tendo sido um
sucesso total na década de 80, quando o ritmo explodiu com novas bandas no
país. As influências do punk internacional inspiraram Renato na criação de
sua primeira banda, o Aborto Elétrico.
A banda evoluiu para a Legião Urbana, até hoje uma
referência para o rock nacional. Renato compôs grandes sucessos como Será,
Eduardo e Mônica, Que País é Esse, Pais e Filhos, entre outros.
29. Marisa Monte (1967)
Marisa é cantora, compositora, produtora musical e
uma das queridinhas da MPB. Uma das grandes artistas contemporâneas, a carioca
é filha do músico Carlos Monte, que pertence a diretoria cultural de samba da
Portela.
Marisa foi, por isso, criada no meio do samba, de
onde bebeu inúmeras referências musicais. Quando tinha 9 anos recebeu de
presente uma bateria, aos 14 foi estudar canto e teoria musical. Ainda na
adolescência se debruçou nas aulas de canto lírico, que a levaram para estudar
na Itália.
Para nossa sorte Marisa resolveu voltar e em 1987
começou a dar os primeiros passos na carreira incentivada por Nelson Motta. De
lá pra cá a artista não parou, tendo criado individualmente e ao lado de amigos
(quem não se lembra dos Tribalistas?)
30. Bruno Caliman (1976)
Você sabia que alguns dos hits sertanejos
mais tocados no Brasil a partir de 2016 foram compostos por um homem do
interior da Bahia? Bruno Caliman segue no anonimato para ao grande público, mas
é de sua cabeça que saem os sucessos de duplas como Marcos & Belutti, Luan
Santana e outros.
Com músicas gravadas em vários países, Bruno fala
especialmente sobre amor e suas canções estão na boca de milhares de
brasileiros, como as
Doutora
em Estudos da Cultura
Formada
em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010),
mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e
doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).
Blog do Paixão