A minha dissertação foi
inspirada em uma frase que li nas redes sociais em que afirmava que:
“Por Lula eu faço qualquer sacrifício”
A frase que tem um efeito bastante alucinógeno tem relação com a tão
divulgada matéria sobre uma possível Aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e
o atual governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) que virou noticiário
principal na imprensa pernambucana.
Graças ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-presidente agora é elegível
e o PT que havia se distanciado parcialmente nas eleições de 2020 dos
socialistas por conta de Marília Arraes (PT) que disputou a prefeitura do
Recife com o primo João Campos (PSB) volta a flertar e provavelmente como a neta de
Miguel Arraes é alimentada pelo mesmo alucinógeno da autora da frase acima, vai
ter que engolir a união.
Paulo Câmara é vice-presidente nacional do PSB, mas, para concorrer ao cargo, precisaria deixar a gestão do Estado até abril de 2022, prazo máximo estabelecido pela legislação eleitoral para desincompatibilização do cargo.
Para alguns integrantes socialistas mantidos em reserva e em conversar de bastidor, a aliança não é bem-vinda e que o partido deveria seguir o caminho que o ex-governador Eduardo Campos seguiu em 2014 ao concorrer ao planalto.
Vamos nós então para o cenário municipal e tantos mimos feitos por aqueles que já acenam para uma junção PT e PSB e em decorrência da união vão ter que indiretamente ser cúmplices da Frente Popular que acomoda a atual deputada do Araripe, Roberta Arraes (PP). Pode ser até que engulam-na também. Quem sabe. Política ou politicagem é isso mesmo. Quem não quiser entender, tome alucinógeno. Ela é a arte de somar, como diria um velho conhecido nosso.
E como
fica os “Coelho”?
Eles são
os principais aliados do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em
Pernambuco e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB) já sem movimenta para
criar uma musculatura no Estado para ser um nome forte na disputa ao Palácio do
Campo das Princesas (Ou será Palácio dos “Campos”?). Os “COELHO” em Araripina
firmaram uma aliança robusta com o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, e guinou
a sua recondução a prefeitura com muitos investimentos no município, isto, além
dos serviços que o gestor já havia impulsionado com um nome da oposição que
na minha humilde opinião, nas eleições de 2020 não era competitivo, ajudou o
processo em favor do prefeito.
Óbvio que
a resposta vai ser a tão esclarecida: uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Miguel é Miguel, Lula é Lula. Então poderemos ter um vice-presidente do PSB,
caso o prefeito de Petrolina entre na disputa, provavelmente com o ex-prefeito
do Recife Geraldo Júlio (PSB) e saia derrotado, teremos que vivenciar o mesmo
filme no Estado e na Região do Araripe, agora como partícipe direto. Mas como a
engrenagem é bem mais complicada e os “Coelho” não dão murro em ponta de faca e
com as asneiras, desequilíbrios e as gafes notórias do presidente Bolsonaro, e
com uma bela jogada de mestre, Miguel pode ser o candidato da Frente Popular
apoiado por Lula, Paulo e quem sabe com a vice sendo assumida por Marília Arraes
(PT). Tudo é cenário. Esse é o meu.
Nesse cenário
aonde entraria a Deputada Roberta Arraes?
A
política é mesmo envolvente para quem dela participa ativamente e tem
pensamentos subjetivos como o autor deste artigo. Nessa conjuntura em que se tenta
delinear um cenário provável e imaginário, no caso em tela, se o fato do último
parágrafo se desenrola como ponto agregador, a deputada teria sérias
dificuldades de trânsito livre para se eleger, mesmo sabendo que no quadro
atual e sem um nome ainda ventilado pelo grupo de situação, ela vive um céu de
brigadeiro. Mas o céu está nublado e com muitas nuvens escuras. Sujeito a tempestades.
Esse é
meu ponto de vista.
Blog do Paixão