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Túnel do Tempo A saga de Vilmar Gaia - Parte IV


Capitão Ferreira

Fonte: Print do Globo Repórter de 31/01/1982.

Serra Talhada, 22 de março.
O governo do Estado de Pernambuco contrata o campeão brasileiro de tiro-livre, capitão João Ferreira dos Anjos, para perseguir Vilmar Gaia. E a Secretaria de Segurança pernambucana substitui todos os policiais de Serra Talhada, inclusive o delegado Sebastião Nogueira. Quarenta policiais militares selecionados, com modernas metralhadoras, granadas e bombas de gás lacrimogênio auxiliam o capitão João Ferreira nas diligências.

Maio de 75.
A Rede Globo de Televisão oferece $25 mil ao capitão João Ferreira para que ele garanta uma entrevista exclusiva de Vilmar no dia em que ele for preso. A família Gaia é interrogada todos os dias.

Caatinga, junho, julho, agosto.
Tem dias que o capitão João Ferreira caminha 40 quilômetros a pé na caatinga. Os Gaias estão aflitos. Toda a família. Quando ouvem um ruído de carro, eles pensam que é volante que vem chegando. Mec Gaia, uma criança, quase um bebê, nunca mais voltou de uma fuga. A polícia acha que ele está no esconderijo de Vilmar.

A única pista da polícia é o cocô de Mec. Um cocô enroscado, fino, menor que o de um gato. É o que resta na caatinga de uma criança de dois anos, de um foragido da volante. Os cães, um rastejador profissional e 30 homens armados perseguem Mec.

Sem camisa, o calção puído na bundinha, o fugitivo chupa bico e carrega no pescoço, preso a um cordão, um presente do tio Vilmar: o cartucho 44 do tiro de vingança. Talvez ele esteja morrendo. A merdinha do Mec diminui a cada dia. Mas a família Gaia crê na sobrevivência do menino, crê na proteção da caatinga aos perseguidos, crê no sol como um alimento a Mec. Eles crêem que um dia Mec voltará transformado em mais um Gaia vingador.

 

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