Pioneiro na arte
de ser um boleiro famoso
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oje, em tempos de instagram é muito comum os jogadores do futebol
brasileiros serem tratados como verdadeiros popstars. Antigamente os grandes
craques também eram considerados como estrelas, mas depois de jogar e correr
muito atrás da bola. Pelé, Zico, Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho eram
reconhecidos e muito durante o auge de suas carreias, tanto quanto um super
ator de Hollywood. E o primeiro superstar do futebol brasileiro que se tem
conhecimento é o atacante Yeso Amalfi, com carreira na década de 1940 e 1950.
Naquele período o futebol passou a ter mais
reconhecimento no país, entre os torcedores, também chamando a atenção de
clubes estrangeiros. E um dos principais jogadores brasileiro daquela época era
Yeso Amalfi, que iniciou sua carreira pelo São Paulo FC, mas fez carreira fora do país com passagens
por Boca Juniors, Peñarol, Nice/FRA, Torino/ITA e Olympique de Marselha/FRA.
Primeira superestrela do futebol brasileiro, também se notabilizou pela
vida fora dos gramados, regado a uma vida boêmia, com muitas festas, presença
constante entre a alta sociedade e muitos relacionamentos com mulheres famosas.
Porém, o atacante também colecionou desafetos por onde passou.
No São Paulo
participava da vida política do clube
Yeso Amalfi nasceu na cidade de São Paulo no ano de 1925. Começou na
várzea em um time chamado Éden Liberdade. Logo, o seu talento chamou a atenção
do São Paulo, clube onde fez sucesso tendo atuado por cinco anos. Nesse
período, o jogador não apenas desfilou com bom futebol, mas colecionou diversas
histórias curiosas, tendo até mesmo participado da vida politica do clube.
Desde cedo, Yeso sempre mostrou o seu apreço
por uma vida boêmia repleta de festas e relações com muitas mulheres. Por conta
desse seu estilo de vida o jogador chegou a se envolver em um problema com o
técnico Vicente Feola – que levaria em 1958, a seleção brasileira ao
primeiro título mundial.
As vésperas de um jogo do Campeonato Paulista contra o Santos, que
aconteceria no litoral, o craque resolveu marcar mais um de seus famosos
encontros com uma moça. Em um gesto inusitado, o treinador escondeu as calças
do jogador a fim de que ele não conseguisse realizar tal encontro.
Contudo, esse episódio nunca foi um empecilho para a continuidade de sua
carreira no Tricolor Paulista, mas sim o seu envolvimento com a política.
Sempre próximo dos diretores do clube, o jogador resolveu se posicionar
politicamente e apoiou o doutor Décio Pacheco à presidência, nas eleições de
1947. Porém, quem venceu tal pleito foi Cicero Pompeu de Toledo que, sabendo da
influência de Yeso, tratou de se livrar dele.
Primeiros passos fora do Brasil, e mais desavenças
Ao deixar o São Paulo, no ano de 1948, Yeso Amalfi acertou a sua ida
para a Argentina, mais precisamente o Boca Juniors. Este acerto se deu através
da influência de um antigo companheiro de time, Antônio Sastre. Na equipe
argentina o atacante chegava para formar uma promissora dupla com outro
brasileiro superstar e polêmico: Heleno de Freitas.
Porém, apesar das expectativas, ambos o jogadores não conseguiram fazer
o sucesso que muitos esperavam, e muito por conta das desavenças entre os dois
jogadores que não se entendiam nos bastidores do Boca Juniors, inflado de ego e
ciúmes.
O episódio mais claro do desafeto entre os Yeso e Heleno aconteceu em
uma partida que foram derrotados pelo San Lorenzo, por 1 a 0. Na ocasião,
Heleno de Freitas discutiu com Yeso Amalfi dentro de campo, e por conta disso
foi afastado do clube. E após o seu retorno, Heleno voltou a comandar o ataque
da equipe, anotando três gols na partida. Esse fato, fez com que a diretoria o
preferisse, ao invés de Yeso, que foi negociado.
Porém, Yeso Amalfi sempre afirmou que deixou
o Boca Juniors também por questões politicas, ao se tornar um dos críticos de
Juan Domingo Perón, presidente argentino à época. Ainda de partir para uma
aventura na Europa, ele teve rápidas passagens por Peñarol/URU e SE Palmeiras.
Yeso Amalfi chega à Europa, onde obtém o auge da fama!
Após degustar sua fama no futebol brasileiro e sul-americano, Yeso
Amalfi acertou sua ida para o Nice, da França, no ano de 1950. E não demorou
para ele mostrar na França todo o seu lado irreverente e festeiro. Logo de
cara, ao participar da inauguração de um hotel, o jogador passou a noite em
claro e foi jogar no dia seguinte sem dormir, porém, isso não foi empecilho
para que o atacante não exibisse um bom futebol, mesmo não sendo relacionado na
equipe principal como gostaria. Sendo que esse fator foi determinante para a
saída do então treinador do clube na época.
Esse episódio mostrou o tamanho de Yeso Amalfi dentro do clube, deixando
de ser apenas um simples jogador para receber a alcunha de “Deus do Estádio”.
Tanto que, naquele período, foi quando ele conquistou o auge de sua fama, ao
ser cada vez mais reconhecido, rodeado de pessoas famosas e influentes.
Contudo, toda essa fama e status dentro do Nice foram também o motivo
para a sua saída do clube. Após a Copa Rio, de 1951, dirigentes do time francês
decidiram negociar Yeso, justamente por não conseguirem mais exercer autoridade
sobre o atleta. E mesmo com o apelo contrário da torcida, o craque popstar se
transferiu para o Torino, da Itália.
Na Itália, o atacante passou por uma equipe em reconstrução, que estava
se recuperando das consequências do grave acidente de avião, dois anos antes.
Na sequência, retornou à França e vestiu as camisas de Mônaco, Racing, Red Star
e Olympique de Marseille, onde se aposentou.
Yeso Amalfi teve
muitas relações com famosas
Sem sombra de dúvidas, o auge da fama de Yeso Amalfi ocorreu na Europa.
No velho continente, o jogador se tornou figurinha carimbada na alta sociedade
europeia, se envolvendo em icônicas amizades, além de relacionamentos amorosos
com grandes personalidades.
Dentre seus principais amigos, estiveram o famoso pintor cubista de
origem espanhola, Pablo Picasso, e o príncipe de Mônaco Rainier III. Inclusive,
o jogador jurou de pés juntos que foi o “cúpido” da relação do monarca com
atriz norte-americana Grace Kelly.
Agora, a despeito de seus relacionamentos amorosos mais famosos, Yeso se
envolveu com duas atrizes de fama internacional. No período em que esteve na
França ele namorou a símbolo sexual francesa Brigitte Bardot, considerada uma
das mulheres mais bonitas do mundo nas décadas de 1950 e 1960. Já em sua
estadia na Itália, o jogador teve um relacionamento com a atriz italiana Sophia
Loren.
Por Leonardo Silva
Todos sabem que @rai10oficial, @leo_de_araujo e @Nene10 fizeram sucesso na França. Mas quantos conhecem a história do 1º tricolor que arrebentou por lá, Yeso Amalfi? Ele jogou no Monaco, Nice e Olympique, nos anos 50, e até se tornou íntimo da realeza.#TricolorNaCopa 🇾🇪 pic.twitter.com/ChAzVmJDLV
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) June 26, 2018
YESO AMALFI - O PRIMEIRO SUPERSTAR DO FUTEBOL BRASILEIRO
— Jornalista Luiz Otávio Oliveira (@lotaviooliveira) May 13, 2021
Na década de 1940, Yeso Amalfi se destacou no São Paulo FC jogando ao lado de Leônidas da Silva.
Posteriormente, se transferiu e se destacou no futebol sul-americano no Boca Jrs, (jogou com Heleno de Freitas) e Peñarol🧵 pic.twitter.com/62Yqn87scW
Blog do Paixão