O comunicador Rinaldo Ferreira aparece ao lado da esposa Cássia do cunhado Robinho (cantor) e de amigos. Reprodução: Facebook
A cidade de Araripina aparece no cenário artístico pernambucano como um celeiro de grandes profissionais no mundo das comunicações. No ano de 1986, eu pisava pela primeira vez no solo araripinense, como mais um para acelerar o processo de desenvolvimento cultural daquele Município.
Por determinação do empresário Geraldo Coelho, eu tive a honra de ser um dos Diretores da Rádio da Grande Serra, onde encontrei pessoas como Josafá Reis, Joel Coelho, Renato Paiva, o senhor Alberto e outras figuras que marcaram época naquela emissora.
Os anos passaram e com eles muitas mudanças aconteceram. Eu deixei a direção da Grande Serra e parti para outras atividades jornalísticas. A convite do empresário Normando Sóracles Gonçalves (de saudosa memória), assumi a Direção de Jornalismo da Rádio Arco Iris FM, cujo sócio majoritário era o empresário Valdeir Batista. Uma grande responsabilidade foi colocada nas minhas mãos: formar o quadro de locutores e repórteres da emissora.
Os nomes foram surgindo, todos atendendo aos pré-requisitos sugeridos pelos proprietários. Entre os grandes nomes, o da locutora Conceição Lacerda, que ficou conhecida com o Ceiça Lacerda, despontou como uma das maiores descobertas da nossa trajetória no rádio.
E se Arco Iris já tivera o orgulho de contar com a Ceiça Lacerda, eis que surge um jovem talentoso e dono de uma voz extraordinária: seu nome era RINALDO FERREIRA. Foi algo surpreendente. Os elogios aos dois baluartes da radiofonia araripinense aumentavam a cada dia.
Se ouvir a Ceiça já era um privilégio, imaginem se deleitar com o profissionalismo do Rinaldo Ferreira. E não demorou muito para que ele optasse por um campo bem mais avançado. Atendendo ao chamado de uma outra emissora de outro Estado, lá se foi o nosso Rinaldo. Araripina em peso lamentou a grande perda.
Mas dizem que “o bom filho retorna à casa paterna”. E foi o que aconteceu com Rinaldo Ferreira que, por não ter naquela época um inglês fluente, não foi aproveitado naquela emissora (não lembro o nome) e retornou à Araripina, sendo recebido de braços abertos por outra emissora, onde foi agraciado com o sucesso merecido.
A força e a coragem deste incansável guerreiro não foram suficientes para vencer esta terrível Covid-19, doença que assola a humanidade, ceifando milhões de vidas. Depois de três semanas lutando pela vida na UTI do Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina, Rinaldo acenou para nós pela última vez.
Era o fim do programa “Flash da 90”, levado ao ar pela Rádio Arari FM, das 18 às 20 horas. Uma voz de peso que silencia; um profissional de alta qualidade que parte, deixando para nós eternas saudades, mas as melhores lembranças dos momentos em que ele deleitava seus ouvintes com as melhores músicas e uma comunicação insubstituível.
Por tudo que fez em vida, pelas alegrias levadas aos lares da região do Araripe, pelo colega que foi e pelo cidadão exemplar, RINALDO FERREIRA merece está entre os nossos mais ilustres e saudosos homenageados.
- Por Adalberto Pereira –
Na primeira foto Adalberto Pereira em uma das suas visitas aos muitos amigos que tem em Araripina, aparece ao lado do comunicador Deusimar Carlos (in memoriam) e na segunda, ao lado do pioneiro do rádio araripeano, Josafá Reis.
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