Segundo
levantamento, média móvel de óbitos passou de 2.075 para 1.440
Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência
Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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número de mortes por covid-19 vem caindo no
país de "forma consistente" desde 19 de junho. Os dados são do
levantamento Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No último dia 19 foram contabilizados
2.075,43 óbitos segundo a média móvel de sete dias. Ontem (8), esse número caiu
para 1.440,57. O ápice de mortes da segunda onda ocorreu no dia 12 de
abril com 3.123,57 mortes diárias.
O número de casos diários de covid-19,
segundo a média móvel de sete dias, chegou a 48.636,86 nesta quinta-feira (8).
Segundo a fundação, houve queda expressiva em relação a 23 de junho,
quando alcançou o maior patamar da pandemia no Brasil, com 77.264,71 casos
diários.
O epidemiologista Diego Xavier, pesquisador
do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, destacou
que, apesar da tendência observada de queda no número de casos e de óbitos, o
nível dos indicadores ainda está muito alto no país.
“A média móvel de óbitos, em torno de 1,5
mil, ainda é muito superior a tudo o que a gente viu em 2020. Temos observado
uma tendência de diminuição de mortes desde meados de abril, e isso é
efeito principalmente da vacinação entre os mais idosos”, disse.
O pesquisador alertou, entretanto, que, com o
ritmo de vacinação ainda lento e a possibilidade de circulação da nova variante
Delta, com origem na Índia e altamente infecciosa, a população ainda precisa
manter os cuidados como o uso de máscara e o distanciamento social para evitar
a transmissão do novo coronavírus e o surgimento de novas variantes de risco.
“É preciso acelerar a vacinação. E, mesmo tomando a vacina, é necessário manter os cuidados até que a gente tenha um volume de pessoas vacinadas suficiente para criar uma imunidade coletiva e, aí sim, retomar algumas atividades com cuidado”, afirmou o epidemiologista.
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