Opinião: Araripina virou céu de brigadeiro para os bandidos

Foto: Arquivo Blog

Em 2016 - uma onda de assaltos aos estabelecimentos comerciais, roubo de motos e uma violência desenfreada assustou a população de Araripina. Agora novamente em 2021, principalmente em agosto, a retomada dos crimes que aconteciam em 2016 voltaram a acontecer e pelo que sabemos em conversa com quem teve seu veículo tomado pelos criminosos, quando chegam para confeccionar um B.O. na delegacia, sai desanimado e sem esperança de rever aquilo que foi comprado com sacrifício e que de uma forma violenta fora subtraído. Nesse caso, é como se o aval para o bandido agir com os privilégios da força da lei, da impunidade, da liberdade fosse maior do que o direito do cidadão trabalhador e que a incerteza daquilo que foi tomado de assalto não será devolvido. Fato.

Zona de Perigo. Foto Google Maps

Aqui no trecho em que inicia a Rua 11 de Setembro e dar acesso direto às Ruas Pedro José Rodrigues, Rua da Canastra, Demóstenes Simeão e Tiradentes virou motivo de chacota do tipo que o mototaxista se nega a fazer corrida para o que chamamos atualmente de “Zona Perigosa”, óbvio, que estou apenas usando figura de linguagem, mas alguns afirmam ser verdade o que virou meme nos grupos de whatsapp.

Sabemos e entendemos as dificuldades de ter efetivo policial atendendo aos chamados de urgência, mas alguns fatos notórios como o que vem acontecendo com uma publicidade maior nessa chamada “Zona de Perigo”, já era para haver uma ação mais efetiva, já que o estado é bem mais presente quando é para aplicar a lei das multas e colocar milhares de policiais nas ruas para esse tipo de ação. Já para dar proteção e segurança ao cidadão, o estado é lento e incompetente.

Araripina conta hoje com um modelo de mobilidade urbana que facilita as ações dos policiais principalmente no trecho em pauta e o município intensificou a iluminação em vários pontos da cidade, além das câmeras de segurança particulares que tem ajudado a identificar os criminosos, falta a presença do estado para que a população se sinta acolhida pelas forças policiais, para não esperar que aconteça o pior: que os criminosos comecem a praticar os chamados latrocínios.

E já que estamos bem no epicentro da “Zona Perigosa”, do local que no momento textualizo a minha insatisfação de não poder ao menos usufruir de um momento descontraído na calçada da minha casa (Rua da Canastra) e manter os portões fechados a cadeado como se fosse o bandido, lamento de que se atitudes e ações mais drásticas das forças de segurança no município não forem tomadas, logo teremos muitas zonas perigosas prendendo os cidadãos em suas casas e os bandidos fazendo a festa.