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s indústrias
do polo gesseiro do Araripe estão sendo estudadas por alunos da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf) através do programa Lócus de
Inovação. A iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do
Governo de Pernambuco (Secti-PE) tem a parceria com o Sindicato das Indústrias
de Gesso de Pernambuco (Sindusgesso) e a Federação das Indústrias de Pernambuco
(Fiepe).
Atualmente
50 alunos de diversas graduações da UNIVASF, coordenados por seus professores,
estão conhecendo todo o processo produtivo do polo gesseiro, desde a extração
da gipsita até a produção do gesso e seus produtos pré-moldados. São cinco
projetos de extensão tecnológica em andamento que são realizados durante um
período de quatro meses. Entre as ações previstas destaca-se a capacitação dos
estudantes e, em seguida, o ingresso, por bolsa, nas empresas para atuarem como
pesquisadores.
As pesquisas
realizadas pelos alunos e professores estão focadas em temas como capacitação
de mão de obra para a indústria 4.0, dados da produção, qualidade do gesso,
gestão dos resíduos e engenharia de manutenção das indústrias. O coordenador do
Centro de Estudos Tecnológicos Avançados sobre Gesso (CETAG) e professor da
UNIVASF, Isnaldo Coêlho, afirma que os projetos trazem o contexto dos desafios
científicos e tecnológicos, relacionados ao desenvolvimento de novos materiais
e da logística da produção e do escoamento dos derivados da gipsita, para o
foco de interesse dos graduandos.
“Conhecer
esta problemática pode se refletir em motivação para o futuro engajamento em
estudos avançados através de projetos em ensino, pesquisa e extensão na universidade.
É o primeiro passo, fundamental para aproximar a academia àquele setor
produtivo", conclui.
De acordo
com a presidente do SINDUSGESSO, Ceissa Costa, o projeto está trazendo uma nova
perspectiva para o polo gesseiro uma vez que as empresas necessitam de
mão-de-obra especializada.
“As indústrias estão carentes de profissionais que consigam inovar no processo produtivo. Este primeiro contato dos universitários com a realidade das empresas é fundamental para eles conhecerem o funcionamento de uma mina de gesso ou de uma fábrica de calcinação e pré-moldados”, afirmou.
Blog do Paixão