Presidente nacional do partido foi à mesa com Geraldo Julio e defende decisão "o quanto antes"
Por Renata Bezerra de Melo
Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira já foi à mesa algumas vezes com o secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Paulo Câmara, Geraldo Julio. Na pauta, as chances de o ex-prefeito do Recife concorrer ao Governo do Estado. "Geraldo teve conversa comigo mais de uma vez e sempre disse que não quer ser candidato", relata o dirigente nacional à coluna, realçando, na sequência, que não é por falta de apelo.
"Mas a gente tratou de apelar para que a gente possa ter ele como candidato. Mas parece que ele não será", revela Siqueira. Para uma ala do PSB, a ausência de Geraldo no 15º Congresso Estadual do partido, no último dia 12, marcou o encerramento de um ciclo e fez virar a chave para busca de novas alternativas para cabeça de chapa.
Como consequência, nas coxias da legenda, surgiu um movimento silencioso, como a coluna antecipou, para estimular o nome de um deputado federal da sigla a concorrer ao Palácio das Princesas. Esse tema também foi levado à mesa de Carlos Siqueira. O dirigente foi procurado por parlamentares.
"Eventualmente, conversamos sobre isso. Me interesso pelas construções de todos os Estados e, naturalmente, pelas do meu Estado também", explica Siqueira, admitindo já ter sido consultado. Ele não emite opinião sobre nomes, mas pondera que, nesse momento de ano pré-eleitoral, é natural que essas articulações caminhem para uma conclusão.
"Concordo que temos que decidir o quanto antes. A população precisa saber quem é nosso candidato e saber que ele existe", argumenta ciente das crescentes cobranças internas por uma definição. Essa é uma demanda de muitos em conversas reservadas, mas só quem teve a iniciativa de sustentá-la em público foi o deputado federal Tadeu Alencar ainda no congresso. Após defender esgotamento do processo que envolve as tentativas com Geraldo, ele, à coluna, alertara: "Nós já estamos em dezembro.
Daqui a pouco, aquela máxima de que só se discute eleição no ano de eleição não serve mais". De lá para cá, o sentimento de Tadeu parece vir virando consenso e tanto o governador Paulo Câmara como o prefeito João Campos admitem que, de janeiro, não pode passar. Siqueira vai na mesma linha.
Adendo do nosso Blog
Pode ser que a nossa indagação a respeito de "decisão à mesa" quem manda. Carlos Siqueira ou Renato Campos?
Se o ex-prefeito e Secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio (PSB) decidiu por não ser opção para disputar as eleições pela Frente Popular no próximo ano, pode ter certeza que foi uma atitude isolada e individual, porque parte dos socialistas não querem pavimentar o seu nome, mas quem manda mesmo é a dama de ferro dos Campos agora fazendo dobradinha com o prefeito de Recife, o filho João Campos. Com certeza o silêncio dela é apenas o barulho dos bastidores que alguns aliados nesse momento propagam porque ela ainda não deu uns gritos nos camaradas.
Ela que decide o nome que vai disputar as eleições do ano que vem e de preferência alguém ligado aos seus laços familiares.
E tenho dito.
Blog do Paixão