O Ministério Público do RJ analisou o conteúdo de celulares de um delegado preso por corrupção. As mensagens revelam que ele negociava o pagamento de propina para mudar o resultado de investigações. E que também usou a estrutura da polícia para tentar armar falsas operações.
Por Fantástico
O Ministério Público do Rio desencadeou a segunda fase de uma operação em que o principal alvo é o delegado Mauricio Demétrio, da Polícia Civil do estado.
Demétrio foi preso em junho, na primeira etapa da operação, acusado de chefiar uma quadrilha que ameaçava e cobrava propina de comerciantes da Rua Teresa – tradicional ponto de comércio popular de roupas, em Petrópolis, na Região Metropolitana do Rio.
Na época, a polícia encontrou no apartamento dele R$ 225 mil em dinheiro vivo e três carros de luxo blindados; 12 celulares foram apreendidos. O conteúdo de alguns deles levou a novas acusações contra Demétrio.
Os áudios encontrados nos aparelhos confirmaram o que os promotores já desconfiavam. Com Mauricio Demétrio, tudo tinha um preço.
Mensagens revelaram que ele negociava o pagamento de propina para mudar o resultado de investigações. E que também usou a estrutura da polícia para tentar armar falsas operações.
Demétrio responde pelos crimes de organização criminosa, obstrução de justiça, concussão - que é a cobrança de propina, lavagem de dinheiro, e violação do sigilo funcional.
Em nota, o advogado dele disse que o delegado nunca foi chamado pelo Ministério Público para esclarecer quaisquer fatos.
Blog do Paixão