Nota oficial
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, hoje, ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa – criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências.
A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.
Outras informações serão fornecidas na coletiva que será realizada, amanhã às 9h, no auditório da SDS, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.
Secretaria de Defesa Social de Pernambuco
Caso Beatriz: suspeito é identificado e confessa assassinato de criança com 42 facadas em colégio de Petrolina, em 2015
O DNA encontrado na faca usada no crime é de Marcelo da Silva, de 40 anos, que já está preso por outros crimes. Nesta terça (11), homem foi indiciado.
Por Rose Maria, TV Globo
Marcelo da Silva, 40 anos, é suspeito de matar a menina Beatriz Mota, em Petrolina, em 2015 — Foto: Reprodução/TV Globo
Seis anos, um mês e um dia depois do assassinato de menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, o caso teve um desfecho. O suspeito de desferir 42 facadas na garota, dentro de um colégio particular de Petrolina, no Sertão, foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco e confessou o assassinato
Seis anos, um mês e um dia depois do assassinato de menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, o caso teve um desfecho. O suspeito de desferir 42 facadas na garota, dentro de um colégio particular de Petrolina, no Sertão, foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco e confessou o assassinato
No dia 10 de dezembro de 2015, a menina participava da formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. É o que mostram as últimas imagens em que ela aparece com vida.
Desde a data do assassinato, foram realizadas sete perícias. O inquérito acumulou 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas.
Laudo pericial
A TV Globo teve acesso exclusivo ao laudo final do Caso Beatriz. Concluído na segunda (10), o documento foi enviado, nesta terça (11), para a Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O documento da perícia técnica não esclarece a motivação do crime. Também não informa quais outros crimes são atribuídos ao homem que está preso.
A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada pelo criminoso Marcelo da Silva, que está preso em Salgueiro, também no Sertão pernambucano.
Faca usada para matar a menina Beatriz Angélica foi peça-chave para coleta de material genético que identificou suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo
Os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. A partir da análise, foi possível comparar com o perfil do assassino. O DNA dele fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos.
Segundo informações obtidas com pela TV Globo, o DNA da faca foi comparado com o material genético de 125 pessoas, consideradas suspeitas.
Todas essas amostras foram coletadas pelos peritos pernambucanos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, desde 2015.
Documento da Polícia Científica de Pernambuco que apontou o suspeito de matar a menina Beatriz Angélica foi enviado para o MPPE e SDS, nesta terça (11) — Foto: Reprodução/TV Globo
E foi justamente o Banco de Perfis Genéticos que revelou que entre esses suspeitos estava o assassino de Beatriz Angélica, que já está preso por outros crimes.
O laudo mostra, ainda, que o perfil genético obtido a partir da amostra é compatível com o DNA da menina e do suspeito.
Blog do Paixão